Política & Economia

Para ganhar tempo, Serra escala Aécio, Alckmin e Richa para percorrer estados

Nos próximos dias, personalidades do PSDB e de partidos aliados passam a viajar pelo país, ao lado de militantes com bandeiras e materiais de campanha de Serra, para pedir votos para o presidenciável. Serra continuará a viajar, mas com foco em áreas críticas para sua candidatura, como o Nordeste, onde reforçará promessas como o aumento do salário mínimo para R$ 600, o reajuste de 10% para os aposentados e a criação do 13º Bolsa Família.

Foram escalados os governadores eleitos, os tucanos Geraldo Alckmin, Antonio Anastasia e Beto Richa, o democrata Raimundo Colombo, além do senador eleito Aécio Neves (PSDB-MG). O vice de Serra, deputado Índio da Costa (DEM-RJ), a mulher, Monica Serra, e o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM-SP) também terão missões. Kassab viajará, nas horas de folga, para cidades da região metropolitana e do litoral paulista. A equipe conta também com os presidentes do PSDB, Sérgio Guerra, do DEM, Rodrigo Maia, e do PPS, Roberto Freire.

Eles entram em campo já nesta sexta-feira, em um almoço com mais de uma centena de prefeitos em Curitiba. Em paralelo, Serra faz campanha em Londrina. “Eles serão a voz do Serra nos estados. A ideia é divulgar ao máximo o nome de Serra, com corpo-a-corpo, comícios, reuniões e carreatas”, explica a senadora Marisa Serrano (PSDB-MS), responsável pela agenda do candidato.

Centro-Oeste e Acre

 

Alckmin deve fazer sua primeira incursão ao Acre, estado em que teve boa votação na eleição presidencial de 2006. Ele irá também ao Rio Grande do Sul e aos estados da região Centro-Oeste. “A campanha é curta. É difícil o candidato ir a todos os estados”, disse. “Onde Serra não puder ir vamos representá-lo, levar sua proposta e pedir voto”, disse Alckmin, que continuará com agendas no interior de São Paulo.

Aécio na Bahia            

 

Aécio Neves e Beto Richa também terão tarefa dupla. Além de pedir votos em seus estados, Aécio deve viajar para a Bahia e Alagoas, e Richa para Mato Grosso e Espírito Santo.

A estratégia ficou definida nesta segunda-feira em reunião da cúpula tucana, no comitê central de Serra, em São Paulo. O encontro foi coordenado por Sérgio Guerra e contou com a participação de lideranças estaduais e integrantes do conselho da campanha. “No segundo turno, as agendas paralelas potencializam a campanha”, disse Guerra.

Nordeste

 

O PSDB voltará seus olhos com ainda mais atenção ao Nordeste, região que definiu a vitória de Dilma Rousseff (PT) na votação do primeiro turno. O candidato dará preferência ainda a grandes colégios eleitorais e deve visitar duas vezes Bahia, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Minas Gerais, onde encerrará a campanha. Dará uma mãozinha também aos tucanos que disputam os governos de Alagoas, Piauí, Pará, Roraima e Goiás.

O senador Agripino Maia (DEM-RN) defendeu uma estratégia específica para o Nordeste, com a presença de Serra em todos os estados, destacando que manterá benefícios como o Bolsa Família. “Se a ação de Lula produziu um resultado em votos, vamos superar esse fator com outras propostas que agreguem mais votos que isso, como levar água para toda a parte.”

De Carolina Freitas, de São Paulo – para a Revista Veja

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