“Para ser presidente do Brasil, tem que ter liderança, tem que estar acima dos partidos, tem que conduzir a nação. E aí, querido, para isso, nós só temos uma pessoa: Serra 45”, disse Malafaia, representante da Assembleia de Deus Vitória em Cristo.
Com programas espalhados por mais de um canal de TV, o líder religioso é crítico ferrenho de Dilma Rousseff (PT) e ex-aliado de Marina Silva (PV), terceira colocada na corrida presidencial e única evangélica entre os principais candidatos.
Sobre a petista, ele já alfinetou que “quem é religioso não precisa fazer força para mostrar”. Em vídeo na internet, Dilma foi acusada de ser ambígua em questões de honra para Malafaia, como a condenação ao aborto e aos homossexuais – em outdoor, a foto dele aparece ladeada pela frase “a favor da preservação da vida e da espécie humana”; abaixo, “Deus fez macho e fêmea”.
Já Marina contava com o apoio de Malafaia até, na opinião do religioso, “dissimular” suas ideias sobre a liberação do aborto e da maconha. A seis dias da eleição, ele aderiu à candidatura de Serra.
Já o pastor Wellington Bezerra, presidente da Convenção Geral da Assembleia de Deus, diz que vê na “pessoa dele (Serra) a habilidade, a seriedade e um homem que é capaz de administrar bem a nossa nação”.
Tucano esverdeado
A propaganda tucana também não descuidou do espólio eleitoral de Marina, que arrematou quase 20 milhões de votos no dia 3 de outubro.
Viúva de Chico Mendes, seringueiro e líder ambiental assassinado em 1988, Ilzamar Mendes pediu “aos amigos do Acre” que escolhessem Serra, o candidato que melhor “representa a causa ambiental”.
Três dos cinco municípios em que Serra foi mais bem votado ficam justamente no Acre, Estado natal de Marina.
“Gostaria de pedir aos meus amigos do Acre e ao povo do Brasil que votem em José Serra, porque ele é o candidato que representa a causa ambiental, a grande bandeira de luta de Chico Mendes”, afirmou Ilzamar.
Informações Folha Online