Política & Economia

Wagner nega querer controlar imprensa na Bahia

O governador reeleito da Bahia, Jaques Wagner (PT), voltou a negar que a criação de um conselho que acompanhará a atividade de comunicação na Bahia, recém criado pelo Governo do Estado, seja uma tentativa de cercear a liberdade de imprensa no Estado.

“Longe de mim fazer a bobagem de pretender controlar o incontrolável”, declarou Wagner, em entrevista concedida ao programa Roda Viva desta segunda-feira (25).

Jaques informou que o ente será formado por diversos setores da sociedade apenas com o propósito de “subsidiar e assessorar a área de comunicação do governo”. Segundo o próprio governador, outros conselhos com a mesma finalidade foram formados durante sua gestão para outras pastas, ação prevista no Plano Plurianual Participativo e na Constituição baiana de 1989.

“Graças a Deus eu tenho uma imprensa livre na Bahia. Detesto imprensa chapa branca e nunca constrangi nenhum órgão de imprensa”, afirmou em defesa própria. Sobre um alinhamento do Governo Federal no mesmo sentido e uma possível postura partidária que influiria neste contexto Wagner disse ainda que “não vê nenhum viés de controle da imprensa dentro do seu partido”.

Sobre uma declaração anterior referende à “criminalização” da candidata Dilma Rousseff pelos órgãos de imprensa, Wagner defendeu-se afirmando que a imprensa não inventa o fato, mas pode dar uma versão que indique subjetividade. Em especial sobre o caso Erenice, ele assegurou que afirmações de conhecimento do tráfico de influência que ocorria nas dependências da Casa Civil por parte de Dilma, antes do escândalo ir a público, indicam uma “versão” do fato que não corresponde à verdade.

Financiamento de campanha

Wagner defendeu o financiamento público de campanhas eleitorais. Para ele, isso significa “dar um passo substantivo no combate à corrupção” no Brasil.

“Eu garanto que sai muito mais barato para o povo brasileiro”, complementou. Wagner sugeriu também que, caso Dilma seja eleita, ela dê início a uma reforma política profunda no País, passando, inclusive, pela extinção do processo de reeleição.

Dirceu

Jaques comentou desconhecer um possível papel do deputado federal cassado José Dirceu (PT) em um futuro governo petista. Sobre a atual situação do correligionário, ele acredita que o ex-deputado “pagou um preço altíssimo” por seu erro. “Eu acho que as pessoas erram e não devem ser assassinadas porque erraram”, declarou. Dirceu foi um dos grandes articuladores políticos do governo Lula, acusado de comandar o esquema de desvio de dinheiro público popularizado como mensalão.

Informações do Portal Último Segundo / Imagem – TV Cultura

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo