Economia

Feira – Movimento de passageiros na Rodoviária já caiu até 44%

Segundo dados apresentados ao Blog da Feira pelo diretor do terminal Selmo Oliveira, a meta de 3.500 embarques por dia, definida no contrato de concessão, dificilmente tem sido alcançada nos últimos dois anos e, pior que isso, tem ficado bem deste número.

Este ano, em agosto, por exemplo, houve uma redução de 39% no índice de embarques. Entretanto, o recorde negativo do período foi observado em maio de 2009, com queda de 44%.

“Infelizmente estamos trabalhando abaixo da expectativa por causa da perda de passageiros para o transporte clandestino”, lamentou Selmo. Mas, ainda existe esperança, e ele acredita que em breve deverá haver uma mudança neste quadro. “Com a cobrança de pedágio na BR 324, imagino que será mais fácil combater a clandestinidade”, afirmou.

Outros fatores

O diretor regional da Agência de Regulação de Serviços de Energia, Transportes e Comunicação da Bahia (Agerba), Antônio Rosevaldo da Silva discorda da tese de que o transporte clandestino seja o maior culpado pela redução no número de embarques na Estação Rodoviária de Feira de Santana.

Segundo Rosevaldo, a mobilidade social e as facilidades para comprar um carro também devem ser levadas em conta. “O problema não é apenas a clandestinidade, desde 1994 ficou cada vez mais fácil adquirir um carro, a prova é o tamanho atual das frotas”, pontuou.

Ainda sobre a ação dos clandestinos, ele destacou que esse é um problema que ocorre em várias partes do país e não apenas em Feira. “É muito comum a clandestinidade atuar próximo aos terminais, em Salvador, por exemplo, é assim também”.

Comerciantes sentem redução

Há vinte anos como locatário de um dos espaços comerciais do terminal rodoviário de Feira de Santana, Alécio Macedo está desanimado. “Hoje é inviável trabalhar aqui”, lamentou. A queda na movimentação de usuários no local é tão grande que a margem de lucro diminuiu pela metade. “Nossa lucratividade é 50% menor atualmente, em comparação com início da década”, afirmou o comerciante.

Ele diz que está tão desmotivado que já descartou qualquer possibilidade de ampliar ou reformar a bombonierie. “Não vale a pena”, garante.

As informações são do Blog da Feira

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