De Brasília, alguns viram suas sedes de governo serem vasculhadas pelos policiais.
A prefeita de Cândido Sales, Sidélia Lemos, está em Brasília para tratar de assuntos de interesse do município e disse ter recebido a notícia com tranqüilidade. “Pedi aos funcionários que facilitassem a entrega de documentos, e que podiam abrir a prefeitura normalmente”, disse em entrevista a rádio Nova Conquista FM. Segunda ela, “quem não deve não teme”. Sobre a detenção do contador e da secretária de Educação do município, ela disse acreditar que eles não tenham feito nada ilícito. “Não admito coisas erradas no meu mandato. Não acredito que irá acontecer nada com os nossos secretários”.
O prefeito de Lafaite Coutinho, Zenildo Brandão, que também está em Brasília, disse ao blog Jequié Repórter que está tranqüilo com relação à investigação e a busca de documentos na cidade. “A atuação do nosso município vem sendo feita dentro dos princípios da legalidade”, argumentou. Nenhuma detenção no município foi notificada.
Cerca de 30 pessoas foram presas na Operação, dentre elas sete prefeitos. São eles: Agnaldo Andrade (PTdoB), de Santa Terezinha, Antônio Miranda Silva Júnior (PMDB), de Aratuípe, Everaldo Caldas (PP), de Elísio Medrado, Ivanilton Oliveira Novais (PSDB), de Cafarnaum, Joyuson Vieira dos Santos (PSDB), de Utinga, Marcos Airton Alves Araújo (PR), de Lençóis e Raimunda Silva dos Santos (PSDB), de Itatim.
Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos nos municípios de Palmeira, Cravolândia, Itatim, Utinga, Cafarnaum, Lençóis, Aratuípe, Ibicoara, Brejões, Cândido Sales, Santa Terezinha, Iraquara, Bonito, Santo Estevão, Lamarão, Elísio Medrado, Mulungu do Morro, Souto Soares, Castro Alves e Lafaiete Coutinho.
Operação
A Polícia Federal está cumprindo 82 mandados de busca e 46 mandados de prisão em Salvador e em mais 20 municípios do interior do estado.
Com as apurações foram encontradas irregularidades que revelam o desvio de verbas da União em 20 municípios baianos, repassadas através de Convênios, Fundos ou Planos Nacionais, destinadas à aquisição de medicamentos, merenda escolar e execução de obras públicas por meio da manipulação de concorrências.
O montante envolvido nos contratos fraudados chega a R$ 60 milhões, segundo o que foi estimado pela Controladoria Geral da União (CGU). Todo o material apreendido será analisado pela PF e pela CGU, para que, ao final da investigação, seja apresentado relatório conclusivo ao Ministério Público Federal.
Da redação, com informações do Portal Cândido Sales e do Jequié Repórter / Foto – Portal Cândido Sales
