Agenda política
No encontro foi reafirmada a necessidade de construção de uma agenda política para a sucessão da Mesa da Casa, articulada com o resultado das eleições. Para o líder da bancada, Paulo Rangel, o PT tem legitimidade para postular a direção da AL, mas defende que é preciso preservar a unidade da aliança que elegeu Wagner.
Conversa com os líderes
“Inicialmente manteremos contato e articularemos com os líderes partidários da base, construindo uma proposta de gestão e de composição da Mesa, que é a tarefa central do próximo momento”, afirmou Rangel.
Governador não vai impor nome
O deputado José Neto (PT), que também agiu com prudência, comentou a reunião com Wagner. “O governador disse que não vai impor nome e que acha precipitada essa discussão agora”, frisou.
Outras prioridades
“Nós precisamos votar matérias importantes da Casa, como a LDO, o problema dos cartórios e o orçamento. Discutir uma eleição que vai aconteceu daqui a três meses é precipitado e pode trazer um custo alto para a gente”, disse o petista.
Não desistiu
Apesar de a reunião ter pregado a unidade da base aliada do governo, o deputado José Neto admitiu que o PT não desistiu de lançar candidato à Presidência da Assembleia Legislativa. “Não vamos lançar nome agora, mas não está descartado de isso acontecer até o final do ano”, disse. “A bancada quer avançar nesse debate e amadurecer na hora certa. Que o PT não seja coadjuvante, seja protagonista”, acrescentou.
Contra terceiro mandato
Posicionando-se contra a pretensão do atual presidente Marcelo Nilo (PDT) disputar o terceiro mandato, o petista quer, futuramente, mudar o regimento intero. “Sou contra essa história de três mandatos”, criticou.
Na pole position
José Neto disse ainda que Nilo é o favorito para vencer a eleição em fevereiro de 2011, mas ainda é cedo para comemorar. “Diria que ele está na pole position, mas não pode se precipitar. O nome tem que convencer”, alertou.
Advertência
O petista lembrou mais: “Não é a bancada que está lá que vai votar. A Casa foi renovada em 49% e a eleição é em fevereiro. Nós precisamos ter prudência no processo de acomodação do tema e Marcelo vai ter que trabalhar para votar os projetos essenciais da Casa”.
Reunião aliviou tensão
Por fim, Neto disse que “a conversa com o governador serviu para dar uma aliviada na tensão de agora e fazer com que a Casa volte a funcionar”. Ou seja, o jogo está só começando.
Por Evandro Matos
