Os números são preocupantes e chamam à atenção dos setores que lidam diretamente com o problema. O registro de processos judiciais contra a mulher revela que a estrutura pública de acompanhamento e solução dos casos deve ser aprimorada o quanto antes.
Os dados registrados aqui são maiores que os de Salvador, se comparados os índices populacionais. Até novembro deste ano a Delegacia de Atendimento à mulher (DEAM) havia contabilizado 898 ocorrências, número recorde se comparado às outras varas do gênero no país.
A informação foi dada pela delegada titular da DEAM, Dra. Mirela Santana, durante apresentação de um balanço das atividades do órgão desde a sua instalação há três anos no município de Paulo Afonso, durante sessão especial pelo Dia Internacional da não violência contra a Mulher na Câmara de vereadores, na manhã dessa quinta-feira (25).
Participante ativa do movimento de mulheres a favor da implantação de uma vara específica que tratasse do assunto, e integrante da rede desde então, a presidente do Conselho Municipal da Mulher Walda Aroucha marcou presença no encontro.
Para Aroucha, a carência de infraestrutura nos órgãos públicos especializados tornou-se um obstáculo à efetivação dos pleitos, realidade que a rede quer ver modificado. Acabar com a lentidão na tramitação de processos judiciais, com a indicação de um juiz titular, uma casa de abrigo e a ampliação do numero de delegados na DEAM são medidas consideradas emergenciais pelo grupo de trabalho, finalizou Aroucha.
Informações do blog Bob Charles
