Polícia

Pai de noivo da tragédia em PE admite que filho possuía arma há três anos

A revelação foi feita pelo pai, João Bosco Damascena, que na tarde desta quarta-feira (22) resolveu entregar a arma à Polícia Civil espontaneamente.

Durante entrevista coletiva realizada na sede do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o gestor da especializada, Joselito Kehrle, informou que a polícia ainda não sabe a identidade deste amigo e que a arma não possui registro.

Desde o dia do crime, a pistola 380 encontrava-se na casa de uma tia de Rogério. Logo após o crime, o pai escondeu a arma no Audi do filho, enquanto as pessoas colocavam o noivo em outro veículo para levá-lo ao Hospital da Restauração (HR). “O pai relatou que escondeu a pistola porque sabia que o filho estava vivo e queria ajudá-lo de alguma maneira. Ele também confessou que sabia da existência da arma, mas jamais questionou o filho sobre o motivo da aquisição”, explicou o gestor do DHPP.

Durante estes quatro dias, João Bosco ficou com medo de ser preso e sem saber o que fazer com a arma, acabou contratando os advogados Maurício Bezerra e Gustavo Rocha para orientá-lo. Eles aconselharam o pai do noivo a entregar a pistola e um encontro foi marcado, na Rua da Aurora, na tarde desta quarta. Os dois advogados e João Bosco se dirigiram ao local, onde estava o delegado Igor Leite e alguns policiais civis. De lá, o grupo se dirigiu até o bairro de Areias, na Zona Oeste, para buscar a pistola na casa da tia de Rogério. Em seguida, todos foram à sede do DHPP, onde João Bosco prestou novo depoimento e resolveu contar toda a verdade à polícia.

Após prestar esclarecimentos, o pai do noivo assassino foi liberado, pois resolveu colaborar com as investigações. João Bosco não deu qualquer declaração à imprensa e disse que só se pronunciará através dos advogados.

Informações do JC Online

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