História

Homem vive há quase três anos no Hospital Clériston Andrade, em Feira

Em 21 de julho de 2008, ele deu entrada na unidade hospitalar com um quadro grave de cirrose hepática.

Já curado, cerca de três meses depois, recebeu alta, mas, até hoje, permanece em uma das enfermarias do HGCA, por não ter para onde ir.

Gomes informou ao Blog da Feira que não tem familiares em Feira. “Mora todo mundo em São Paulo”, garante. Inclusive o filho, que segundo ele, se chama Silvano Rodrigues Moraes. “Meus irmãos trabalham em banco e mandam um pouco de dinheiro pra mim, mas, não recebo a visita de ninguém”, enfatizou.

Ele diz que quer ir para outro lugar, mas, como não tem morada, vai ficando. “Uma doutora me prometeu uma casa em 2008, mas, até agora nada. Hospital nunca foi canto de ninguém morar, a minha vontade mesmo é sair daqui”.

Demonstrando que já está acostumado com a ausência de familiares, José Gomes diz que não sente a falta de ninguém, mesmo no período natalino ou nas festas de fim de ano, excetuando duas pessoas. “Só do meu pai e minha mãe, mas, eles já morreram”, revela.

A relação do paciente-morador com o Hospital é tão grande que todos no o conhecem e ele até colabora com o pessoal da segurança, abrindo e fechando o portão que dá acesso a ala destinada as pessoas que permanecem em tratamento por longos períodos. Entretanto, não é obrigação do Clériston Andrade mantê-lo nas dependências da unidade.

Informações do Blog da Feira

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