Esporte

Copinha: Bahia foi melhor, mas perde; presidente vê frutos; cartões e mistério

“Os frutos colhidos serão maravilhosos para o Bahia. O Brasil todo viu de novo o nosso clube e a qualidade dos nossos atletas”, comentou Marcelo Guimarães Filho logo após a partida.  

Os jogadores do Bahia ficaram visivelmente abatidos com a derrota na final. O goleiro Renan, um dos estaques da campanha, saiu com os olhos marejados e preferiu não falar com a reportagem após o final da partida.  

Para o técnico Laelson Lopes, não é hora de baixar a cabeça. “Só podia dizer a eles para erguerem a cabeça e ficarem orgulhosos com a bela competição que fizeram. Superamos adversários fortes, vencendo e convencendo. Hoje, perdemos e convencemos”.  

O time chega a Salvador ainda nesta terça-feira, com previsão de desembarque às 19h15 (horário do estado da Bahia).  

A torcida no jogo 

A presença da torcida tricolor na final da Copa São Paulo de Juniores nesta terça-feira foi algo sensacional, de dar orgulho mesmo, assim como a atuação da garotada tricolor no gramado.  

A galera preencheu praticamente todo o espaço destinado a ela, sob temperatura de 32 graus. Em alguns pontos do chamado “Tobogã”, como no centro e na parte de baixo, precisou se espremer tal a quantidade de gente. Houve quem cravasse quase 10 mil torcedores do Bahia na arena.  

Sobre o jogo, não há muito mais o que falar. Ótima atuação, com destaque – novamente – para o atacante Fábio, camisa 10, “sósia de Ávine”. Jogamos melhor (não foram poucos os flamenguistas que vieram reconhecer após a partida), apesar de três importantíssimos desfalques, e tivemos duas grandes infelicidades.  

Primeiro, no vacilo do volante Filipe na saída de bola, proporcionando um perigoso contra-ataque para o Flamengo. E eis que o zagueiro Dudu – de futuro promissor, diga-se, a exemplo do colega de posição, o habilidoso Everton – cometeu um pênalti bobo e ainda foi expulso.  

Depois, o defensor reserva Laércio, que jogou de lateral e beque, inclusive na esquerda, quando se mostrou destro, desperdiçou uma chance de ouro já nos acréscimos, na cara do gol.  

Isso sem falar nas outras oportunidades perdidas, ou melhor, sempre salvas pelo excelente goleiro rival, eleito por todos – a exemplo do comentarista Paulo Vinicius Coelho, da ESPN – o herói carioca. 

Choro e mistério  

Parece choro, mas o torcedor fica sempre com a pulga atrás da orelha quando as equipes do Nordeste jogam contra as do Sul/Sudeste. O Bahia jogou melhor, mas não levou. Por quê? Acontece, até aí tudo bem.  

Mas, a bola foi pênalti mesmo? Foi. Mas foi com certeza, ou poderia não ter dado? Sei lá… Se fosse contra “eles”, naquelas condições, será que o juiz marcaria pênalti naquele lance? Nunca!  

Para não esquecer, as últimas lágrimas do choro do mistério real. Da série “De como se enfraquecer um adversário”, sem que ninguém perceba. Nos jogos que levaram Bahia e Flamengo para a final da Copinha, o tricolor baiano entrou em campo com 4 jogadores pendurados e o time carioca, com oito.  

Dos quatro pendurados do Bahia, três foram punidos com cartão e eliminados da final: os excelentes laterais Madson e Jussandro e o meia Igor (cérebro do time); dos oito pendurados do Flamengo, ninguém foi punido. E em um jogo complicado, definido nos pênaltis e cheio de jogadas ríspidas. É o que disseram.

Da redação

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