Os trapaceiros – usando o nome de grandes empresas, geralmente uma rede de televisão -, enviam mensagem de texto para um número de celular escolhido aleatoriamente.
A pessoa é avisada que a sua linha foi sorteada e que ganhou um carro 0 km e uma apreciável quantidade em dinheiro, mas para poder retirar os ‘prêmios’ é preciso enviar créditos de celular pré-pago.
Mesmo sem dispor do recurso, mas confiante que vale a pena fazer o sacrifício, o indivíduo vai à loja mais próxima comprar os créditos. A recarga é repassada para a quadrilha.
Caso em Eunápolis
Em Eunápolis, segundo dados da Delegacia de Crimes Contra o Patrimônio, o número de ocorrência desta natureza é elevado. Na semana passada, por exemplo, a dona de casa Edenildes Nascimento Souza, 36 anos, tomava conta dos filhos, no bairro Vila Olímpica, quando recebeu um SMS estonteante.
Fascinada com o que chamou de sorte grande, ela foi até o mercadinho mais próximo e começou a adquirir créditos. Quando o valor já ultrapassava os R$ 800,00, o comerciante mandou que a operação fosse interrompida. Ele desconfiou que fosse um golpe.
O caso foi parar na delegacia de polícia. Bastante aborrecida, a dona de casa reconheceu que se precipitou e que agora vai tentar arrumar dinheiro para arcar com a dívida.
A polícia informa que os golpistas, na maioria das vezes, agem de dentro de presídios, e que usam os créditos para recarregar seus aparelhos e manter contato com o mundo exterior e até ordenar crimes.
Nesses casos, os investigadores têm dificuldade para descobrir a origem das ligações, pois as linhas são cadastradas em nome de ‘laranjas’. Informações do Radar64.