Economia

UGT acha reunião com governo sobre Salário Mínimo “frustrante”

A proposta do governo continua sendo de elevar o mínimo para R$545, enquanto as centrais não abrem mão dos R$580.

O encontro, que durou mais de 3 horas, aconteceu nesta sexta-feira (4) no escritório da Presidência da República, em São Paulo, e contou com a participação dos ministros Guido Mantega (Fazenda), Carlos Lupi (Trabalho e Emprego) e Gilberto Carvalho (Secretaria Especial da Presidência).

O presidente nacional da UGT, Ricardo Patah, afirmou que as centrais vão utilizar todos os mecanismos legais para garantir que os direitos dos trabalhadores e aposentados sejam garantidos. Haverá mais uma reunião nos próximos dias e, se mais uma vez não houver acordo, a discussão será levada para o Congresso Nacional.

“Não vamos abrir mão das nossas causas, que são: valorização do salário mínimo, das aposentadorias e correção da tabela do imposto de renda”, afirmou.

O deputado federal Paulinho da Força, por sua vez, disse que todos os dirigentes estão incomodados com o início do governo Dilma e não vão concordar com que o chamaram de “política de mercado”. “A reunião foi frustrante. Não vamos deixar a continuidade dessa política que não valoriza os mais pobres, assim como aconteceu no governo do Fernando Henrique Cardoso”, disse.

Guido Mantega afirmou que o governo não está com “sobra de recursos” e por isso não pode elevar o valor de R$545. Além disso, deixou claro que o valor proposto surgiu de um cálculo que levou em conta um acordo acertado com as centrais em 2007. “O que propomos hoje é que façamos um novo acordo, dando continuidade ao acordo de 2007”, ponderou.

Imposto de renda

As centrais também defendem que o governo aumente a faixa para isenção do imposto de renda, pois a tabela atual “comeria” os ganhos obtidos pelos trabalhadores (acima da inflação) nos últimos meses.

Questionado sobre o tema, Guido Mantega disse que o governo está disposto a corrigir a tabela, mas não sinalizou nenhum valor.

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