Reunidos em um grupo de mais de 30 pessoas, eles chegaram em um ônibus e se concentraram para pedir explicações sobre a constante falta de água no povoado, localizado a 8 km da sede do municipio.
Segundo informações de Elisângela Lima, um dos manifestantes presentes, desde o mês de outubro do ano passado os chapadenses vêm sofrendo com a falta de água.
“Em dezembro, a água passou a cair apenas três dias na semana. No mês de janeiro, procurei o gerente aqui de Riachão, o senhor João de Oliveira Lima, porém o mesmo estava de férias, então, a recepcionista explicou que um equipamento da Adutora havia quebrado e que estavam aguardando um técnico para fazer o conserto. Mas, até hoje, nada foi resolvido e já não agüentamos mais a falta de água”, explicou Elisângela.
Outra situação muito questionada pelos moradores de Chapada são os recibos mensais, pois mesmo sem água e com suas irregularidades, eles chegam como se o consumo estivesse acontecendo normalmente.
De acordo com a moradora Antonieta Lima, sua conta de água vinha sempre entre R$ 14,00 e R$ 13,00, mas depois de dezembro passou a vir R$ 28,00, o que para ela “é um abuso”, já que o consumo não foi o mesmo.
Questionado pela reportagem do Interior da Bahia sobre a constante falta de água no povoado e sobre a questão em geral, o senhor João de Oliveira Lima, gerente da Embasa em Riachão do Jacuípe, disse que não estava autorizado a dar entrevistas, embora o gerente em Feira de Santana garantisse que até sexta-feira terá uma solução.
“A assessoria de imprensa da Embasa em Feira de Santana já está enviando explicações, porém, eu não estou autorizado para falar sobre o assunto”, justificou-se o gerente.
De acordo com Elisângela Lima, diante do problema, os moradores estão pagando R$ 5,00 por 200 litros de água.
“Estamos pegando água no Tanque Velho, que já está secando por conta da seca. Logo, logo estaremos sem água totalmente, sem falar que essa água dá apenas para cozinhar e tomar banho, pois roupas, tem mais de quinze dias que não lavo”, reforçou a moradora Antonieta Lima.
Por Laura Ferreira