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Polícia

Policiais civis adiam paralisação para o dia 2 de abril; mas crise permanece

A categoria decidiu dar mais um tempo ao governo, mas garantem que se até o fim do mês não forem chamados para negociar direitos adquiridos e horários extenuantes de trabalho, a partir do dia 2 de abril eles vão parar.

 
Em comunicado,o presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Estado da Bahia (SINDPOC), Carlos Lima, declarou que “o sindicato protocolará ofício expondo o resultado da assembléia e solicitando audiência com a Secretaria de Segurança Pública e de Administração do Estado para iniciar negociação da pauta de reivindicação discutida e aprovada, e então vamos aguardar durante o mês de março nós sermos chamados para negociar”.

 
No encontro foram discutidos direitos adquiridos que não estão sendo garantidos pelo Estado como insalubridade e correção nas elevações funcionais (promoções), excesso de carga horária de trabalho, estabelecido pela portaria 261 de 23 de junho de 2010, “plantões quebrados”, valor não corrigido das horas extras e prisões ilegais de policiais.

 
Segundo o secretário do SINDPOC, Bernardino Gayoso, “Na questão das horas extras, por exemplo, não há critérios para pagamento. Embora seja estabelecido por lei um acréscimo de 50% para horas trabalhadas após as 22h, o governo não obedece a essas normas, pagando um determinado valor para uns e valor diferente para outros, além de extrapolar os horários obrigatórios (160 e 180h)”.

A prisão ilegítima de policiais civis também foi tema da assembleia. Segundo relatos do investigador Carlos Cruz, ele teria recebido ordem de prisão injustamente após autuar um menor dirigindo. “Ele tinha as costas quentes, familiar tenente da Polícia Militar e quando cheguei à delegacia, eu é que estava sendo autuado em flagrante por um motivo que eles planearam”, revelou.

A polícia espera resposta das negociações para dar início à paralisação.

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