Há três anos, quando a Associação realizou um Campeonato sub 15 na comunidade, o Diretor de Esporte Gilson Ney sentiu a necessidade de continuar os treinos, dando inicio ao Projeto Escolinha de Futebol Meninos do Alto.
Embora carente de iniciativas diversas por parte do poder público no Bairro, é com a ajuda e dedicação dos instrutores da Escolinha – Gilson Ney e Gilvan Vieira – que esses meninos a cada dia despertam para o futebol, se afastando do perigo como o uso de drogas.
A Escolinha Meninos do Alto garante, além de aulas de futebol, alimentação e lanche, principalmente em dias de comemorações. O projeto é exclusivamente direcionado para os meninos do Alto do Cruzeiro, que se concentram para treinar nos dias de terça e quinta-feira.
No período da manhã, os treinos são para os alunos que estudam à tarde e, no período da tarde, para os que estudam pela manhã. No domingo pela manhã reúnem-se todos os 60 meninos, com faixa etária de 9 aos 17 anos.
Do Alto para o Vasco da Gama
Uma das conquistas recentes da Escolinha foi a do adolescente de 15 anos, Anderson Lima, filho do instrutor Gilson Ney, que recentemente viajou para o Rio de Janeiro para treinar no Juvenil do Clube de Regatas Vasco da Gama.
Segundo o instrutor Gilson Ney, os meninos são ainda incentivados a estudar, pois os critérios para a participação do menor na Escola são: as boas notas, frequência assídua e comportamento na Escola Convencional. “Fazemos todo trimestre o acompanhamento do desempenho deles nas escolas”, reforça Gilson Ney.
De acordo com Cícero Carneiro, administrador da Escola, a parte financeira, apesar da ajuda de alguns comerciantes e amigos, ainda enfrenta muitas dificuldades para a sua manutenção.
“A sensação que tenho é a de que estamos fazendo a coisa certa, pois o Alto do Cruzeiro é um dos bairros mais carentes e discriminados do nosso município. Vemos no esporte um meio de livrar as crianças e adolescentes da marginalidade”, conclui Cícero.
Para aqueles que pretendem ingressar na Escolinha Meninos do Alto, precisa, antes de tudo, residir no bairro e estar com o currículo escolar dentro dos critérios exigidos pela Instituição.
Por Laura Ferreira