“Desde que comecei o trabalho de reestruturar a frente parlamentar pela cidadania LGBT e comecei a publicar na imprensa que proporia uma PEC que estende o direito do casamento civil aos homossexuais, venho recebendo sistematicamente ameaças de morte pela internet”, disse o deputado.
Jean explicou que as ameaças começaram na sexta-feira da semana passada em blogs e sites comandados por religiosos “fundamentalistas”.
Depois, ele recebeu um e-mail e mensagens no Twitter de três perfis diferentes com frases como “em nome de Deus você merece morrer”, “não saia de casa seu veado nojento” e “não preciso nem ter o trabalho de te matar, pois todo veado morre de Aids”.
Jean diz que não pediu proteção policial por querer crer que “cão que ladra não morde”. Ele admite, porém, que está temeroso. “Não posso mentir, estou mais atento sim quando saio na rua”, disse.
Hoje, na Comissão de Direitos Humanos ele entregou cópia das mensagens e a identificação do computador de onde teria partido as ameaças para que tudo seja entregue para o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS). “Espero que ele tome as devidas providências.”
A presidente da comissão, deputada Manuela D’Ávila (PCdoB-RS), afirmou que essa é uma questão da Casa, e não pessoal.
“Quando aconteceu comigo na Câmara dos Vereadores, por outros assuntos, eu aprendi que os temas de ameaça a um parlamentar não são individuais, devem ser tratados de maneira coletiva, porque são ameaças ao direito que o povo nos confere de expressar a nossa opinião”. Informações da Folha de S. Paulo.