O problema atinge os alunos monitores dos projetos de extensão desenvolvidos pela instituição, como a Agência de Notícias Multiciência, o programa Eufonia, a Webtv, entre outros.
Esses estudantes recebem um auxílio de R$ 300 por mês. A falta de pagamento também incomoda os discentes beneficiados com o Programa de Assistência Estudantil (PAE). Esses, têm direito a uma ajuda no valor de R$ 220 por mês.
Agora fica difícil entender como um dinheiro, que tem como principal função manter o aluno na Universidade, possa atrasar seis meses. Esse problema é encarado tanto pelos estudantes do Campus III, em Juazeiro, como nos demais Campus da Uneb.
Além da falta do pagamento, o que mais incomoda os estudantes é o descaso da Uneb com a situação. Sempre que um dos bolsistas resolve ligar para Salvador, querendo saber quando o dinheiro será entregue, é obrigado a ouvir frases do tipo: “relaxe, porque quando o dinheiro sair vocês vão receber uma bolada”. O que eles esquecem é que o estudante tem que se manter e que as dívidas não podem esperar.
Em novembro do ano passado, aproveitando a visita do reitor Lourisvaldo Valentim ao Campus III, para o lançamento da Semana de Pesquisa e Extensão (SEPEX), alguns bolsistas do PAE, cansados de esperar, resolveram levar a situação ao magnífico reitor, autoridade máxima da instituição.
Na ocasião, os pagamentos estavam cerca de três meses atrasados, porém o reitor disse desconhecer aqueles fatos e que iria tomar uma atitude. Até hoje os bolsistas esperam. O curioso nessa história, é que no mesmo lançamento da SEPEX, houve um coffee Break regado a cerveja Bohemia, uma das mais caras no mercado. Aí, fica a pergunta: não tem dinheiro para pagar aos alunos, mas tem para comprar cerveja.
Além do pagamento das bolsas atrasadas, o que os estudantes merecem da Uneb é uma explicação convincente sobre os atrasos. Até quando eles vão continuar ignorando essa situação? A Universidade tem que entender que estudante é prioridade.
Emerson Rocha – aluno bolsista da Uneb