Economia

Municípios do interior baiano travam a expansão industrial por falta de áreas

A situação mais crítica está nos municípios de Feira de Santana e Luís Eduardo Magalhães, regiões que despontam como vetores de desenvolvimento industrial no Estado.

Em Feira de Santana, cerca de 60 novos investimentos industriais aguardam a liberação de áreas para instalação no município, mas se deparam com o Centro Industrial de Subaé sem novas áreas para expansão.

Enquanto as áreas remanescentes do distrito do Tomba tem topografia irregular e nascentes de rios, inviabilizando o uso industrial, a região da BR-324 passa por forte valorização e expansão imobiliária, com novas áreas residenciais. “Sequer podemos fazer prospecção de negócios se não temos áreas para oferecer. Estamos perdendo a oportunidade de buscar novos empreendimentos”, diz  o diretor do Centro Industrial Subaé, João Mercês Neto.

O secretário de Indústria, Comércio do Estado, James Correia, confirma a situação. “Houve uma ocupação muito rápida dos espaços por conta do crescimento econômico de Feira. Estamos com limitação para atender pedidos de terrenos”, admite o secretário. Para solucionar o entrave, o Estado trabalha na criação de um novo distrito industrial no eixo norte do município, nas margens da BR-116.

A instalação da nova área industrial, no entanto, tem esbarrado na burocracia  e  falta de sintonia entre governo e prefeitura. De um lado, o Estado cobra da  prefeitura a aprovação do projeto de lei complementar que redefine as zonas industriais da cidade. Do outro, a prefeitura alega que o “projeto não pode ser aleatório” e pede que o Estado defina  a área do distrito:

“O processo está parado. Solicitamos audiência há três meses e a alegação foi de que ainda haviam impasses na definição do secretariado e cargos de diretoria”, dispara o chefe de gabinete da prefeitura, Newton Brito.

Região Oeste

 

Impulsionada pelo avanço da agroindústria, a região oeste do Estado vive situação semelhante. Em Luís Eduardo Magalhães,  cerca de uma centena de pedidos de implantação de novas fábricas repousam nas gavetas da prefeitura.

Diante da situação, a prefeitura tomou frente e definiu há duas semanas a criação de novo distrito de indústrias, que será administrado pelo município. E pleiteia junto ao governo do Estado a municipalização do distrito já existente:

“Com o distrito administrado pelo município, vamos responder às demandas com mais celeridade”, destaca o secretário de Indústria e Comércio  do município, Rodrigo Ferreira. Informações de A Tarde.  

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo