Economia

Comissão da AL vai debater crise do setor sisaleiro em Conceição do Coité

Segundo dados revelados pelo Departamento de Comércio Exterior (Decex) e Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), enquanto o Brasil produzia 120 mil toneladas de fibra de sisal e produtos acabados a partir da planta, a exemplo de tapetes e sacos, em 2010 o número despencou para 66,2 mil. O evento, proposto pelo deputado estadual Tom Araújo (DEM), será realizado no Centro Cultural de Coité, a partir das 8h.

A Bahia é responsável por 92% da produção de sisal, e quase a totalidade é exportada para países como China e EUA, os maiores mercados de consumo do mundo. O secretário estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação, Paulo Câmera, vai representar o governo baiano. Ele vai mostrar o que está sendo feito para aprimorar a produção, pois a mesma máquina utilizada hoje para extrair a fibra através da planta é a mesma de 60 anos atrás.

Também estarão presentes representantes da Embrapa, Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), além de produtores de municípios como Coité, Araci, Santa Luz, Valente, Retirolândia, São Domingos, Riachão do Jabuípe, Gavião e Queimadas, que dependem da economia do sisal.

“Hoje, cerca de 500 mil pessoas sobrevivem do sisal na Bahia. Só que o campo está perdendo mão-de-obra para setores com a construção civil porque ninguém tem mais interesse em extrair a fibra, que faz produtos como bolsas e sacolas. Isso se deve à queda nos preços e também à falta de inovação tecnológica. Se a gente tivesse mais produção, poderíamos ter exportado mais para a China em 2010. Antes, a China já chegou a comprar 25 mil toneladas de sisal da Bahia. Ano passado, só comprou 14 mil”, contou o deputado Tom Araújo.

O deputado contou que a Comissão de Agricultura da Assembleia vai propor que o governo abra uma concorrência internacional para adquirir tecnologias de países que já utilizam máquinas mais modernas para a extração da fibra de sisal, como México, China e nações africanas.

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