Política & Economia

Riachão do Jacuipe promove I Fórum de Cidadania com o tema ‘O Povo é o Poder’

A iniciativa que partiu do senhor Amarilio Soares, mais conhecido como Tio Lio, teve o objetivo, segundo ele, de conscientizar o povo para a cidadania e coibir a prática da compra de votos em Riachão do Jacuípe.

O evento trouxe como subtema a frase “O Poder emana do povo e por ele será exercido”. Na abertura foi exibido um vídeo com alguns depoimentos de cidadãos jacuipenses traçando o perfil de como deve ser o futuro prefeito de Riachão. Como estratégia de comparação ao tema do Fórum, foi exibido também, o vídeo com imagens do movimento pela liberdade do vendedor de leite, o senhor Raimundo.

Após as exibições, o evento seguiu com um debate aberto ao público presente. Embora, o mediador, Tio Lio, tenha enfatizado que as falas deveriam ser breves e sem fuga ao tema, a maioria se excedeu. Outro fato curioso foram as referências unânimes ao gestor municipal e sua “má” administração, todos sem exceção, demonstraram a necessidade do perfil de um futuro prefeito bem diferente do gestor atual, o senhor Lauro Falcão.

Participação dos cidadãos

Diferente das falas de alguns políticos presentes, pois muitos usaram de suas retóricas bem particulares, a professora e historiadora Marinélia Silva deixou alguns questionamentos que atraiu o apoio da plateia com calorosas palmas.

Ela questionou, enquanto cidadã, segundo ela sem pretensões políticas, a partir de expressões como: “quem nunca comprou voto aqui em Riachão”, referindo-se às diversas formas dessa prática, e aos que a praticam. Bem enfática, a professora continuou:

“E quem não se vende? Recentemente o Governador Jaques Vagner vendeu a barba e colocou quinhentos mil reais no seu bolso”, criticou e finalizou citando fatos recentes na cidade que, para ela, foram demonstrações de ditadura e censura.

Um dos fatos referidos pela professora aconteceu no dia da libertação do senhor Raimundo, no momento em que colocaram a música de autoria do cantor Marcus Sena, Pé de Barriguda, no carro de som que acompanhava a manifestação, e imediatamente, a polícia militar pediu que retirassem o cd do cantor.

“Em uma cidade onde não se pode ouvir livremente uma música, como podemos falar de corrupção? E a música apenas fala das limitações culturais de nossa cidade. Questionou também, o recente incêndio provocado no carro da repórter Alana Adrielle, por pessoas não identificadas, para ela, um ato de coesão e ditadura”.

Após a professora, Alana Adrielle acrescentou à fala de Marinélia, declarando, que o incêndio em seu carro não passou de retaliações por conta da gravação que fez da conversa comprometedora, que teve com o prefeito Lauro Falcão. Essa mesma gravação foi publicada em matéria, e em primeira mão neste portal.

Outra fala marcante foi da estudante universitária, Isabela Souza, a mesma fez reflexões em torno do perfil correto de um candidato, citando a compra de votos: “Comprar voto é pegar o dinheiro de todo mundo e dar para um só”, lembrou fazendo a relação entre a prática a favor do individual em detrimento do coletivo.

Participação dos Políticos

Uma fala, dentre outras, que condisse muito bem com o tema foi a do ex-vereador José Avelange (PT) o mesmo lembrou que além de idealizarmos um perfil exemplar de prefeito é preciso que pensemos nos projetos políticos de cada um deles.

O vereador Carlos Matos (DEM), lembrou que o palanque político devia ser evitado no Fórum e que perfilar um futuro prefeito, candidatos e pré-candidatos ainda é muito cedo.

Outra mulher, além da professora Marinélia e da estudante Isabela, foi a da possível candidata a prefeita, a médica Gleide Márcia, ela lembrou que o perfil do futuro prefeito tem de ser o de um ou uma gestora responsável e comprometida em ouvir os anseios da população.

Além dos já citados, Raimundo da Caixa, Mateus Martins, ambos do PT, do coordenador da Ong Mobilizadores Sociais, Josemar Carneiro, e outros participantes, também deixaram suas opiniões sobre o perfil do futuro prefeito para Riachão.

O Fórum contou ainda com representantes políticos como, Diretor do Hospital Municipal, Zé Filho, o sogro do prefeito, o senhor Zé Vodio e outros que se mantiveram distantes, e que não quiseram se comprometer e falar sobre o perfil de um futuro gestor público.

Por Laura Ferreira

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