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“O mal que os doutor do MEC faz”

No artigo passado eu dizia que a manada do Paulo Freire enterrou a idéia de que a escola deve tornar o aluno capaz de ler, escrever e contar, por julgar que tal concepção não contribui para a formação da cidadania.

É a maldita “educação bancária”, como a chamam os freirianos, em que o professor ensina e o aluno aprende. No método do marxista Freire, é todo mundo igual: professor é aluno e aluno é professor, todo mundo aprende junto, ninguém sabe mais que ninguém.

Nas faculdades de pedagogia, Paulo Freire é rei. O último sujeito que arriscou um muxoxo contra a pedagogia do oprimido foi condenado ao esquartejamento e teve a cabeça pendurada no poste do campus, para servir de exemplo. Por isso não surpreende que o governo esteja ensinando as crianças a escrever errado e com orgulho de ser errado.

Confiram a lição do livro “Por uma Vida Melhor” (segundo minhas fontes, o título original era “Escreva Pior Por uma Vida Melhor”), que o Ministério da Eliminação da Cultura distribui a meio milhão de crianças de escola pública:

“Você pode estar se perguntando: – Mas eu posso falar ‘os livro’? – Claro que pode. Mas fique atento porque, dependendo da situação, você corre o risco de ser vítima de preconceito lingüístico. Muita gente diz o que se deve e o que não se deve falar e escrever, tomando as regras estabelecidas para a norma culta como padrão de correção de todas as formas lingüísticas”.

Uma das autoras do livro, Heloísa Ramos, argumenta que o conceito de correto e incorreto deve ser substituído pela idéia de uso adequado e inadequado da língua. “O ensino que a gente defende e quer da língua é um ensino bastante plural, com diferentes gêneros textuais, com diferentes práticas, diferentes situações de comunicação para que essa desenvoltura lingüística aconteça”, disse a douta mulher ao Jornal Nacional.

O MEC informa que “é preciso se livrar do mito de que existe apenas uma forma certa de falar e que a escrita deve ser o espelho da fala”, propiciando aos alunos “um ambiente acolhedor no qual suas variedades lingüísticas sejam valorizadas e respeitadas”.

Diante de uma criança que se expressa precariamente, temos duas opções: convidá-la a se expressar melhor, para que sua mente possa elevar-se ao que é bom e bonito, ou ensiná-la a permanecer num mundo inferior. Os doutores do MEC escolhem a segunda opção como política de Estado.

 

Bruno Pontes é jornalista

Fonte: “Mídia Sem Máscara” – Publicado no jornal O Estado.

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