Polícia

Rádio Liderança FM foi incendiada e torre quase derrubada em Jaguarari

Os invasores teriam serrado os portões e incendiado a sala que abrigava os transmissores, danificados pelas chamas. Eles ainda teriam arrancado 84 parafusos da base de sustentação da torre de transmissão.

“Foi um milagre ela não ter vindo abaixo”, contou o radialista e sócio-proprietário, Everton Carvalho Rocha, que foi ameaçado de morte, após fazer críticas ao presidente da Câmara de Vereadores, Lourival Almeida Sandes (PSDB). De acordo com ele, testemunhas relataram que pessoas ligadas a Louri de Barrinha foram vistas no local.

“Algumas pessoas viram três homens deixarem o prédio após o atentado. Um deles, inclusive, seria um dos agentes da Guarda Civil Municipal que tem uma deficiência na perna. Ele é capenga”, contou.

Rocha, que está em Salvador, tenta uma audiência com o secretário estadual da Segurança Pública (SSP), Maurício Teles Barbosa, para solicitar ao chefe da pasta providências junto às Polícias Civil e Militar do município para que garantam a integridade física dele, de sua família e dos funcionários. Ele também pretende retornar com a programação da Liderança FM. “Já foram cinco atentados e ninguém toma uma providência.

“Todas as autoridades têm consciência que todos do grupo só andam armados pela cidade, mas não tomam providências. O clima de terror e insegurança está instalado na cidade e pedimos que as autoridades resolvam. Se eu estiver me excedendo, que entrem na Justiça, peçam o direito de resposta”, desabafou.

Rádio não pode falar sobre ação contra gestor

Após os supostos atentados criminosos à Rádio Liderança FM, no dia 29 de abril deste ano, a direção da emissora decidiu construir um muro em volta do prédio, mas teve a obra proibida pela prefeitura de Jaguarari, sob a alegação de que o terreno onde está instalada seria área pública.

Mas, de acordo com o radialista Everton Rocha, que pretende entrar na Justiça para ter o direito de realizar a construção, a área é privada e pertence à empresa.

Em março deste ano, a Justiça Eleitoral proibiu a empresa de divulgar informações sobre uma ação de impugnação de mandato, por compra de votos, contra o prefeito Antônio Ferreira do Nascimento (PT).

A notificação do juiz Adrianno Sandes, da 179ª Zona Eleitoral, determinou que o profissional e os outros locutores deixassem de veicular o andamento de um processo contra o gestor, que o acusa que tramita sob segredo de Justiça.

“Se era segredo, por que não foi guardado? Se a informação vazou, nós não temos a obrigação de guardar. A população precisa tomar conhecimento. Isso é censura”, criticou.

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