Com a saída de Souza, contundido, ainda no primeiro tempo, Júnior entrou para fazer a sua estreia de forma brilhante no time. Com melhor domínio de bola, se deslocando e com maior velocidade, o atacante supriu todas as deficiências antes apresentadas pelo atacante Souza.
Mas o melhor estava no meio campo, na estreia do meia Carlos Alberto. Com categoria, o jogador, pelo tempo que tinha parado, pode-se considerar que deu um show. Driblou, lançou e deixou os atacantes na cara do gol. Saiu contundido, mas deixou enormes esperanças no torcedor.
E o que dizer de Jobson? Este é brocador, sensacional. Ele se entendeu bem com Júnior, driblou e fez o gol decisivo. Uma pena que vai a julgamento no dia 21, em Zurique, e pode desfalcar o time futuramente.
Ah! Ia esquecendo de dizer que, na zaga, estreou o zagueiro Paulo Miranda, em lugar de Thiego. Confirmaram-se as expectativas: é zagueiro de qualidade.
Melhor os dois tempos
Enfim, o treinador Renê Simões surpreendeu ao deixar Ricardinho no banco e optar por Carlos Alberto, que deixou grande impressão nos treinos da semana. Mas, com um esquema mais fechado, com três volantes, e saindo mais rápido para o jogo, o tricolor baiano foi melhor os dois tempos.
A equipe perdeu algumas oportunidades com Jobson e Souza nas duas etapas e chegou a preocupar ao torcedor. No final do segundo tempo, na base do abafa, o Fluminense tentou o gol através do jogo aéreo, mas a zaga, com Titi e Paulo Miranda, estava bem.
Após vários contra-ataques, Avine recebeu a bola no meio campo e foi avançando. Na entrada da área ele tocou para Jobson, que desta vez não perdoou. Bahia 1 a 0, de forma merecida, aos 47 minutos do segundo tempo. E Avine, com boas arrancadas, lembrou os seus melhores momentos. E lembrou que, no meio de semana, um apresentador disse que ele “já tinha dado o que tinha da dar ao Bahia”.
Torcedor gritou o nome do time
Na arquibancada o torcedor mostrou que em campo estava um time de nome nacional. Em pleno Engenhão, a torcida do Bahia gritou o nome do Bahia euforicamente. No final da partida todos os jogadores foram agradecer o apoio e jogaram as camisas para o torcedor.
Após o jogo, as resenhas esportivas do rádio baiano explodiam em manchetes. “Torcedor está alegre”. “Carros invadem as ruas de Salvador”…
Imprensa coerente
No rádio, na Transamérica, o apresentador Marcos Pimenta, que teima em querer ser igual a Zé Eduardo, ignorou tudo o que disse durante a semana, que desqualificou todo o elencou, alardeou crise, simulou a queda de Renê Simões e pediu a cabeça de Ávine, um dos melhores laterais do Brasil na atualidade.
O seu discurso na noite deste sábado foi tão incoerente com o que disse no meio de semana que dá nojo. Elogios ao mesmo time que esculhambou, craque para quem era perna de pau e palmas para quem desprezou. Pois é, ele é torcedor do Vasco e não tem qualquer compromisso com a Bahia.
No Rio, a imprensa grita Mengão, Vascão, Fluzão e Fogão. Aqui, “nossa” imprensa joga no contra. Por isso, entenda por que Cícero brilhou no Figueirense e Fluminense e não no Bahia. E tantos outros exemplos.
Por Evandro Matos – da redação do Interior da Bahia