A informação é de uma pesquisa divulgada nesta sexta-feira (15) pelo Instituto Brasileiro de Pesquisa e Estatística (IBGE), que comparou dados dos anos de 2004 e 2009.
Em 2004, foram 934.589 nordestinos que migraram para outras regiões. Em 2009, o total caiu para 729.602, queda de 22%. Apesar de continuar com um saldo negativo de migrantes, a região Nordeste perde população em uma escala bem menor do que no passado. Nesse quinquênio, o saldo migratório da região ficou negativo em 187.869 pessoas.
Outra tendência revelada pela pesquisa é a perda do poder de atração que a região Sudeste tinha no passado. Entre 2004 e 2009, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo tiveram mais emigrantes do que imigrantes (saldo de 12,4 mil).
“Mesmo que não se admita vislumbrar o Sudeste como uma região perdedora de população, podemos ter a certeza de que a capacidade de atração dessa região reduziu-se bastante, enquanto o Nordeste continua perdendo população, porém em uma escala bem menor do que no passado”, afirmou o estudo.
Uma das conclusões gerais do levantamento é a queda no número de migrações entre regiões do País. De 1995 a 2000, houve 3,3 milhões de pessoas que deixaram a região em que viviam. O número caiu para 2,8 milhões, entre 1999 e 2004, e chegou a 2 milhões no período de 2004 a 2009.
Migração de retorno
Outro aspecto considerado pela pesquisa é a migração de retorno. Segundo o IBGE, o índice reflete a diferença entre o número total de imigrantes de última etapa (2009) e o total de imigrantes de data fixa (2004).
Neste quesito, o Estado que teve a maior taxa foi o Rio Grande do Sul, com 23,98%, seguido de Paraná (23,44%), Minas Gerais (21,62%), Sergipe (21,52%), Pernambuco (23,61%), Paraíba (20,95%) e Rio Grande do Norte (21,14%). Informações do portal Terra (Foto, Evandro Matos, 2005: Familia se despede de parentes na Rodoviária de Riachão do Jacuipe, na Bahia, com destino a São Paulo).