Ao menos 35 pessoas foram presas na ação da PF, que investiga um suposto esquema de desvio de verbas do Ministério do Turismo.
Um ônibus escoltado por agentes federais deixou a Superintendência da PF em Brasília por volta das 17h. Os suspeitos embarcaram em um avião no hangar da corporação, próximo ao Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek.
No total, a Justiça expediu 38 mandados de prisão –19 temporárias e 19 preventivas–, mas 33 foram detidos por enquanto. Em Brasília, dez pessoas foram presas preventivamente, enquanto sete estão detidos temporariamente e deverão ser soltos após prestarem depoimentos.
A operação da PF investiga desvios relacionados a convênios de capacitação profissional no Amapá. De acordo com a investigação –que deve ser finalizada entre duas semanas e um mês– o convênio suspeito totaliza R$ 4,45 milhões do ministério, em convênio com o Ibrasi (Instituto Brasileiro de Desenvolvimento de Infraestrutura Sustentável).
Os policiais suspeitam que pelo menos dois terços deste valor foi desviado. O Ministério do Turismo fez o convênio com dinheiro originado de emenda parlamentar. Segundo a PF, contudo, não há indícios, “até o momento”, de participação de deputados no esquema.
Entre os presos na operação estão o secretário-executivo da pasta, Frederico Costa, e o ex-secretário executivo da pasta, Mário Moysés.
Em nota, o ministro do Turismo, Pedro Novais, informou ter pedido à CGU (Controladoria Geral da União) a abertura de uma comissão de Procedimento Administrativo Disciplinar para apurar as suspeitas envolvendo a pasta.
Segundo nota divulgada pelo ministério, os servidores presos durante a Operação Voucher serão afastados de suas funções durante as investigações da comissão. Informações da Agencia Brasil.