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Polícia

Ilha baiana confiscada pela Receita é avaliada em R$ 15 milhões

Segundo informações do Estadão, esse valor não inclui as benfeitorias do imóvel, equipamentos e utensílios.

O alvo da ação é uma organização criminosa suspeita de sonegar R$ 1 bilhão em impostos devidos por empresas do setor químico. Uma dessas empresas, que tinha como sócios um pedreiro e um motorista, prováveis laranjas, e movimentou R$ 32 milhões entre 1996 e 2009, segundo a Folha Online. A operação Alquimia foi realizada pela Receita Federal (RFB), Polícia Federal e o Ministério Público Federal.

Na ilha, que pertence a um dos responsáveis pela organização criminosa, foram apreendidos 2,4 kg em barras de ouro e barras de prata, em um cofre, quinze jet skis, duas armas, quadriciclos, barco à vela, além de motos e carros de luxo. Por conta do grande número de itens de luxo, ela foi apelidada pelos policiais de “ilha do tesouro”, além de algumas armas como um fuzil e uma pistola de uso restrito das Forças Armadas, além de farta munição.

Em um vídeo da operaçã feito pela polícia, são registradas várias mansões com decorações modernas e requintadas, que compartilham uma área comum com piscinas, saunas, quadras de esportes, quiosques e churrasqueiras, além de um auditório multiuso, com home theater.

As construções, incluindo um píer de mais de 300 metros de margem, foram erguidas irregularmente em área de marinha, pertencentes ao Serviço do Patrimônio da União (SPU). O proprietário, cuja identidade não foi divulgada, estaria entre os presos na operação.

Prejuízo de R$ 1 bilhão

A Operação Alquimia, deflagrada pela Receita Federal (RFB), Polícia Federal e o Ministério Público Federal nesta quarta-feira (17), prendeu 23 pessoas, sendo pelo menos sete na Bahia. A ação tinha como objetivo combater uma organização criminosa, composta por quase 300 empresas, suspeita de fraudar o Fisco.

O prejuízo aos cofres públicos pelo não recolhimento dos tributos devidos pode chegar a R$ 1 bilhão. Um dos resultados esperados com a operação é a satisfação da dívida ao Fisco. As investigações tiveram início na década de 1990, quando a Receita Federal detectou indícios de crimes contra a ordem tributária em uma das empresas do grupo. Havia também a suspeita de existência de fraudes na constituição de empresas utilizadas como “laranjas”.

O esquema seria utilizado para dissimular operações comerciais e financeiras com intuito de não recolher os tributos devidos ao Fisco. Para tanto investiga-se a utilização de empresas interpostas (laranjas), empresas sediadas em paraísos fiscais, factorings e até fundos de investimento utilizados na suposta fraude.

Além da Bahia, a operação é realizada em Minas Gerais, Alagoas, Ceará, Espírito Santo, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, São Paulo, Santa Catarina e Sergipe. De acordo com a PF, ações apenas de sequestro de bens acontecem também nos estados de Amazonas, Goiás, Mato Grosso do Sul, Pará e Piauí, além do Distrito Federal.

A Receita Federal já fiscalizou 11 empresas do grupo investigado, com um total de R$ 110 milhões em créditos tributários constituídos.

No total, foram cumpridos 31 mandados de prisão, 63 conduções coercitivas e 129 mandados de busca e apreensão em residências dos investigados e nas empresas supostamente ligadas à organização criminosa. Informações do Correio.

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