Polícia

Acidente com grupo Mr. Bobby fere músicos vindos de show para Holyfield

E foi da maneira  surpreendente que o pior exemplo da má combinação entre álcool e direção  pousou em frente aos agentes da Transalvador, na forma de um grave acidente, com componentes de cinema.

Por volta da meia-noite, os primeiros motoristas eram abordados e convidados a soprar o bafômetro, em um dos dois pontos de fiscalização da cidade, na Avenida Antonio Carlos Magalhães. Foi quando o motorista de uma Sprinter branca, com 13 pessoas, perdeu o controle do lado oposto da rua, alçou um pequeno voo sobre a pista e tombou, se arrastando por mais de 50 metros.

Os passageiros do veículo, de placa JJB-5128, original de Feira de Santana, eram  integrantes da banda de pagode Mr. Bobby, criada este ano, e voltavam do show beneficente Levanta Campeão, em prol do lutador Reginaldo Holyfield, realizado no espaço Boka Music, na Liberdade.

“A Rave e a Mr. Bobby (idealizadoras do evento) fizeram show, mas quando os convidados estavam prestes a se apresentar soubemos do ocorrido e foi tudo cancelado”, contou Alan Mota, tecladista do grupo O Bumm.

Socorro

Socorridos pelos 12 agentes e policiais que atuavam na blitz, os passageiros foram retirados do carro em pânico.  “Foi muito rápido. Começou a embolar tudo”, disse o vocalista Domingos Alfredo Costa Filho, 26 anos, o Bobby.

Dois passageiros tiveram ferimentos graves no ombro, com exposição óssea. O percussionista Jucival da Mota e o guitarrista Uelson Santana, 15, foram encaminhados ao Hospital Geral do Estado. Uelson foi transferido para a Clínica Ortopédica Traumatológica (COT) e, de acordo com a ex-produtora da banda, Tâmara Costa, 26, ambos passaram por cirurgia plástica, ontem, para reconstituir o tecido.

O motorista, que vestia uma camisa do Bahia, aproveitou o tumulto e fugiu. Segundo Nelson Custódio, empresário da banda A Rave, ele localizou o condutor do veículo – cujo nome não foi divulgado – que teria garantido que  se apresentaria à polícia ainda ontem. De acordo com as vítimas, ele bebeu  no evento e dirigia em alta velocidade.

“Quando a gente saiu de lá eu percebi que ele estava correndo muito. Todo mundo falou pra ele ir mais devagar”, contou o baterista da banda, Ronaldo Santana.

Por conta do acidente, a fiscalização  na ACM teve apenas um terço das abordagens com relação ao outro ponto de blitz, na Av. Magalhães Neto. Foram 90 motoristas parados contra 28 do primeiro local, totalizando 118 situações.

Apesar da ampla divulgação da volta das blitze, 14 motoristas foram autuados com base na Lei Seca, mas todos se recusaram a soprar o bafômetro. “O pessoal agora tem conhecimento de que pode não soprar. Antes, o número  de crimes de trânsito  era superior”, contou a supervisora da fiscalização na Magalhães Neto.

Um motorista que se recusou a soprar o aparelho confessou ter tomado uma garrafa de vinho. “Eu recuso porque estou bem”, disse o condutor, que apresentava sinais evidentes de embriaguez, e preferiu não se identificar. 

Apesar de ter como foco o consumo de álcool, outras infrações foram flagradas nas blitze: 13 carteiras  de habilitação foram apreendidas, 15 carros removidos e 25 autos de infrações registrados. Informações do Correio. 

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