Esporte

Joel escola 4 volantes, torcida intervém, dá show e Bahia vira para cima do Avaí

Em uma partida emocionante, o Bahia, através de Júnior, fez 1 a 0 já no primeiro tempo, embora fosse da equipe de Santa Catarina o maior volume de jogo.

Mostrando que veio para tentar fugir da posição de vice-lanterna na competição, o Avaí começou azucrinando no segundo tempo. E logo marcaria o gol de empate, com Fernandinho. E logo depois viraria o jogo, com Pedro Ken, para desespero da torcida.

Ironia do destino, apesar de escalar três volantes e colocar Camacho – que também possui características de volante – como armador, o esquema traçado pelo técnico Joel Santana não convenceu e levou a torcida ao desespero. “Burro, burro, burro!”, teve de engolir.

Sem o apoio da torcida, Joel tentou corrigir os erros gritantes de escalação. Sob vaias intensas da torcida, Camacho cedeu lugar a Lulinha – jogador que sempre entra bem no lugar de Carlos Alberto -, que mudou a história do jogo.

Cenário da virada

Inspirada e contagiada com o filme Bahêa, Minha Vida, que estreou nas telas do cinema de Salvador nesta sexta-feira, a torcida fez a diferença nas arquibancadas. Foi um delírio e um show.

Para completar o cenário da virada, também por imposição da torcida, Joel tirou Jones e colocou Reinaldo. E, por ele mesmo, tirou Elder e colocou Maranhão. Pronto. A partir daí os jogadores se contagiaram e resolveram a partida.

Aos 33 minutos, o gol de empate do Bahia, novamente através de Júnior. Seria lucro diante de um prejuízo que já se configurava. Mas, logo em seguida, aos 35, Júnior participou da jogada e Lulinha deu números finais ao marcador, fazendo 3 a 2 para o tricolor. Explosão nas arquibancadas, com 20 mil tricolores extasiados.

“Foi demais, cara. Estava muito difícil, mas esta semana nós assistimos ao filme do Bahia e lá a torcida diz que só perde a esperança quando o juiz apita o final. Aqui, hoje, foi assim. Nós lutamos muito e merecemos. O nosso torcedor está de parabéns”, disse o atacante Júnior, ao final da partida.

Fica mais uma lição de que não adianta jogar retrancado, ou ser covarde, como foi o técnico Joel Santana neste jogo. Durante a semana ele fechou o treino para a imprensa, tentando esconder a escalação da equipe.

Se tivesse chegado a uma grande conclusão, tudo bem. Mas, esconder um treino para escalar Camacho, com Lulinha no banco, é relembrar a velha cariocada. De repente, fechar os portões e esconder o treino pode ter sido por vergonha.

Por fim, de parabéns a torcida do Bahia, que gritou a escalação da arquibancada e o treinador teve que seguir. Ainda bem. Agora o Bahia soma 33 pontos e está na 14ª posição do Brasileiro.

Por Evandro Matos

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