O documento foi lançado durante a IV Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, em Salvador, no último dia 8 de novembro. Esses reservatórios integram o Programa Água para Todos, no contexto do Plano Brasil Sem Miséria.
De acordo com informações do Movimento de Organização Comunitária (MOC), o documento elogia a decisão de universalizar o acesso à água no Semiárido, mas lamenta a utilização das cisternas de plástico como alternativa para alcançar esse objetivo.
Um dos pontos abordados pelo manifesto da ASA é a relação de dependência que a comunidade do Semiárido terá que manter com as empresas fornecedoras das cisternas de plástico/PVC.
Segundo o documento, as cisternas de placa possibilitavam uma geração de emprego nos municípios que eram instaladas já que oportunizava muitos pedreiros e pedreiras. Estes profissionais passavam por cursos de formação para a construção de cisternas e adquiriam uma nova capacitação e renda para o sustento de suas famílias.
Em um dos trechos do documento pode-se ler: “As cisternas de plástico/PVC excluem a população local, não permitindo a sua participação no processo de reaplicação da técnica, criando dependência das empresas”.
Reflexão
De acordo com informações repassadas pelo MOC, os problemas da cisterna plástica não ficam por aí. Segundo eles estas cisternas murcham com o sol e envelhecem rápido. Eles ainda destacam que o principal problema é em relação à parte pedagógica do assunto já que nenhuma empresa tem interesse em fazer o trabalho este trabalho nas comunidades.
Informações do MOC ainda dão conta que o custo final da cisterna de placa é de R$ 2.080,00 (incluindo material, construção, formação e acompanhamento técnico), enquanto uma a cisterna de plástico PVC tem custo superior, podendo chegar ao dobro.
Por Ana Emíllia e imagem da ASA