A ação foi resultado do trabalho de investigação do Setor de Inteligência que conseguiu apurar onde os pássaros estavam presos.
As aves foram apreendidas em gaiolas e viveiros nas residências de Adevaldo Ribeiro da Silva, 58 anos; Elisângela Santiago dos Santos, 32, que disse que os pássaros são do seu marido Joserli das Graças Nascimento, 37; e Anderson dos Santos Ribeiro, 30, mais conhecido por Da Roça e que já trabalhou como carcereiro na Delegacia de Polícia de Itanhém.
Alguns animais, em razão do péssimo acondicionamento, estavam mortos. Como a legislação é branda os acusados de traficar animais silvestres foram ouvidos em Termo Circunstanciado e liberados. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais não Renováveis (Ibama) foi acionado para proceder a notificação, o transporte e a recuperação dos animais.
Na verdade, a legislação contra o tráfico de animais silvestres é considerada fraca. A maior pena prevista pela lei é a detenção de seis meses a um ano e multa.
O comandante da 44ª Companhia Independente de Polícia Militar, major Gilson Paixão Silva Santos, explicou que “para cada pássaro ilegal apreendido origina multa de R$ 500 e, se estiver ameaçado de extinção, a multa passa para R$ 5 mil por indivíduo”.
Comércio ilegal
O Brasil é um dos países do mundo que mais exporta animais silvestres ilegalmente. Afinal, o tráfico desses animais, que constitui uma das maiores ameaças à natureza, é um negócio que movimenta mais de 1 bilhão de dólares e comercializa cerca de 12 milhões de animais anualmente.
O comércio ilegal desses animais é a terceira atividade clandestina que mais movimenta dinheiro sujo, perdendo apenas para o tráfico de drogas e armas.
A sociedade pode ajudar no combate a crimes ambientais, fazendo denúncias por meio da Linha Verde (0800 61 8080). O denunciante não precisa se identificar. Informações e foto do Teixeira News.