Esporte

Santaluz: Falta de estrutura nas cabines faz locutor desmaiar durante narração

No segundo tempo da partida o narrador esportivo da rádio Regional AM de Serrinha, Aluízio Farias, de 67 anos, não suportou o calor e começou a passar mal.

Aluízio transmitia a partida juntamente com o seu companheiro Jaciel Pinheiro, quando sentiu um mal-estar e solicitou que o repórter fosse até a cabine e continuasse a narração, já que o mesmo sabe fazer as duas funções.

No mesmo instante, Farias já desfalecia e os companheiros de outras emissoras, a exemplo do comentarista Gevaldo Goes, da rádio Continental AM, também de Serrinha, além de profissionais de sites e blogs da região deixaram os seus trabalhos e foram lhe dar assistência.

A ambulância que estava no estádio também foi solicitada para conduzir o narrador até uma unidade hospitalar da cidade, mas não foi necessária a locomoção, pois os profissionais de saúde realizaram todos os procedimentos ali mesmo e Farias reagiu, voltando ao normal e retornando a narrar a partida.

Pendências com a Federação

Em recente reunião, a Federação Bahiana de Futebol (FBF) exigiu que os representantes das Ligas envolvidas nas semifinais do Intermunicipal cumprissem itens como: “o mínimo de 15 policiais militares por partida, espaço reservado para a torcida visitante, acomodação para os profissionais de imprensa, ambulância com pelo menos um médico e dois enfermeiros”.

A FBF também exigiu a presença de bilheteiros, porteiros, seguranças e policiais nos portões de entrada aos estádios. Contudo, a Liga Luzense permitiu que acontecesse este episódio com um profissional que contribui para elevar o nome do município, numa verdadeira falta de respeito.

“O calor na cidade de Santaluz na tarde de domingo estava insuportável e a prefeitura não promove melhorias na parte das cabines para a imprensa que há muito tempo sofre com o descaso, pois apenas uma emissora tem regalias e as outras que se virem”, protesta um radialista que esteve no estádio.

Segundo o radialista, a única coisa que fizeram para imprensa foi colocar vidros em duas cabines. Há alguns anos o Corpo de Bombeiros condenou os vidros que existiam nas cabines do estádio ACM, em Conceição do Coité, mas Santaluz colocou do mesmo, submetendo os profissionais ao risco de um acidente.

Outro agravante é que uma cabine do estádio Milton Góes é usada por duas emissoras de rádio e sem nenhuma divisória entre elas. Além disso, não foram disponibilizados pontos de energia em uma das cabines, tendo que puxar da vizinha, sujeito a provocar uma sobrecarga.

Por fim, as denúncias acrescentam que não existe sistema de ventilação e os vidros colocados nas cabines são fixos, “e isso deve ter provocado o mal-estar em Aluizio Farias”.

Por Cival Anjos – enviado especial do Interior da Bahia

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