Em entrevista ao repórter Miro Palma no jornal Correio* desta quinta-feira (08), ele falou sobre prioridades, crescimento do programa Torcedor Oficial e reforma do Estatuto. Confira:
Quais as suas prioridades nos próximos três anos?
Agora é mais difícil, pois o clube está na Série A e disputando uma Sul-Americana. Temos que sonhar mais alto. A curtíssimo prazo, é vencer o Baiano. É sempre uma obrigação. A médio e longo prazo, é chegar numa Libertadores, terminar o CT e voltar pra Fonte Nova. Esses acordos são importantes para o futuro do clube.
O que pensar de 2012 com um orçamento maior?
Estamos com uma equação financeira equilibrada. Isso permite a nossa diretoria planejar com mais segurança. Os jogadores que estão aqui, querem continuar. A gente vê Marcelo Lomba, Titi, Souza dizendo que querem ficar. A tendência é fazer um time mais forte, com uma base mais forte no início do campeonato.
Angioni falou em três ou quatro contratações. É isso?
Dizer que serão só três ou quatro seria meio imprudente. Muitas vezes não tem jeito de não errar numa contratação e você tem a necessidade de reforçar o time. Mas a tendência é essa. Trazer três ou quatro, subir oito da base e manter os jogadores que estão aí. De alguma maneira, os jogadores que a gente pretende renovar são contratações.
Serão atletas top de linha?
Essa é uma pergunta fácil de responder. A gente está sempre buscando o jogador top. O problema é se a gente vai conseguir. Vamos ter o maior orçamento da história em 2012, mas também vamos concorrer com grandes clubes do Brasil, que também terão os maiores orçamentos da sua história. É um desafio grande. Tentar trazer jogadores de nome é sempre um desafio, mas a ideia é trazer três ou quatro. Por exemplo, eu acho o Morais uma grande contratação. Eu, pessoalmente, gosto muito do jogador. Vale fazer um esforço para trazer ele pra cá.
Qual a situação de Joel?
Acho que até amanhã (hoje) ou sexta a gente define. Era pra fazer isso nesses dois últimos dias, mas não tive condições por causa dessa situação das eleições.
E a Cidade Tricolor?
Vamos começar as obras em janeiro. Tive até uma grata surpresa. O planejamento inicial era 24 meses de obra, mas a construtora vai conseguir entregar em 12 meses a primeira etapa do CT. Vai estar pronto para a Copa das Confederações e é um CT de primeiro mundo. Tenho certeza de que vai abrigar uma seleção importante. É um ciclo virtuoso. Com um CT desse, a gente vai atrair bons profissionais.
O Bahia vai tomar o Inter como exemplo no quesito sócios?
Vamos buscar um programa de associação, sim. Hoje, temos o Torcedor Oficial. Com a reforma do Estatuto, vamos buscar tornar esse torcedor em sócio patrimonial.
Qual a meta?
Temos em torno de 7 mil associados no Torcedor Oficial. Até o final de 2012, a gente espera ter 30 mil.
E o Estatuto? O sócio poderá votar nas próximas eleições?
Chegou um momento em que a discussão não vai mais à frente. É um assunto que não vai ter consenso. É preciso fazer a votação e não discutir mais. É isso que a gente vai fazer nesse primeiro semestre. Se houver uma intransigência, vamos botar pra votar e acabou. O texto que está aí é o ideal. Vamos definitivamente encerrar esse assunto. O sócio vai votar nas próximas eleições.
Qual seria, então, a proposta final de reforma do Estatuto?
Eleições proporcionais para o conselho. Foi uma proposta da torcida naquela invasão ao Fazendão, na Série C. É o mais importante do texto. Quando você propõe eleições proporcionais, permite uma oxigenação no clube. Vai ter sempre gente no conselho que não concorda com o presidente. Hoje é só uma chapa. Dois candidatos disputariam as eleições para os sócios decidirem quem será o presidente. É assim que acontece no Internacional. Fora isso, é jogar pra torcida e fazer jogo de cena. Isso já foi aprovado, inclusive com o voto de gente que faz oposição. Por que eles mudaram de ideia e entraram na Justiça? Eu não mudei. A proposta é a mesma.