Fazendo uma comparação rápida evidencia-se que o metro linear do pinheiro natalino saiu por mais de R$ 6.580,00, ou seja, um valor médio do m² da maioria dos apartamentos de luxo da capital baiana.
“Valorizo a idéia de realçar o espírito de Natal em nossa cidade, porém, acredito que esses R$ 144.832,76 poderiam ter sido utilizados para outros fins, a exemplo de pagar as rescisões dos servidores exonerados em setembro, que não foram pagos até hoje às famílias de Madre de Deus, que, assim, passariam um Natal mais feliz”, disparou o vereador Antonio Carlos Soró (PCdoB).
Outro fato que chamou atenção foi a modalidade de licitação utilizada para escolher qual empresa ficaria responsável para instalar a árvore. A escolha foi feita através de “convite”, modalidade esta que tem como limite R$ 80.000,00 para “compras e serviços” e de R$ 150.000,00 para “obras e serviços de engenharia”.
“Não vejo como adequado enquadrar em ‘obra ou serviço de engenharia’ a montagem e manutenção de uma Árvore de Natal que ficará exposta por alguns dias. Incentivarei os vereadores a fazerem uma consulta ao TCM para um melhor esclarecimento”, pontuou Tiago Martins, ex-secretário de Planejamento de Madre de Deus.
Não foi suficiente, e até mesmo alarmante, o alto valor pago para “montagem, manutenção e desmontagem” da Árvore. A surpresa maior, e até mesmo decepção, veio na ‘inauguração da iluminação do Natal’, pois só foi entregue à população “meia” iluminação, ou seja, as luzes só acenderam pela metade, causando constrangimentos a todos os presentes ao evento.
“Não consigo entender o porquê de fazer as coisas pela metade, acredito que nossa comunidade merecia uma inauguração completa e não parcial”, criticou o vereador Dailton Filho (PMDB).