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Hoje, 13 de dezembro, é aniversário de Luiz Gonzaga: todo Nordeste já prepara a festa do centenário do seu grande Rei

A data do nascimento do Rei do Baião passa a ser sagrada para grande parte dos sanfoneiros que tem inspiração na originalidade da sua música.

A carreira de Luiz Gonzaga é a vitória do improvável. O caboclo nordestino, semianalfabeto – filho de meeiros em uma fazenda de um coronel sertanejo -, cuja mais destacada posição na sociedade até chegar ao sucesso foi a de ex-soldado do exército.

Apesar disso tudo, Luiz Gonzaga venceu como artista do rádio e do disco na então capital federal. Sua voz passou a ser ouvida no País inteiro.

Obra

O artista nasceu numa sexta-feira, 13 de dezembro de 1912, em Exu (PE), foi um dos o mais importante nome da música popular brasileira em todos os tempos, mesmo em um país com nomes como: Tom Jobim, Chico Buarque, Ary Barroso e Noel Rosa.

A importância de Luiz Gonzaga deve-se à abrangência que sua obra teve – e tem – por todo o território brasileiro. Não há região no Brasil onde não se faça alguma música cujas origens não estejam no que Gonzaga disseminou pelo País a partir de 1946, quando começou o reinado do baião.

São raros os compositores, surgidos depois de seu Lua, que não tenham em seu repertório um baião, um xote, um xaxado, alguns dos vários ritmos nordestinos estilizados e urbanizados por ele.

Nos anos 50, quase nenhuma estrela da era do rádio ficou imune ao baião. Entre os que entraram na onda do Baião estão: Cauby Peixoto, Nelson Gonçalves, Dênis Brean, Nelson Ferreira.

Até compositores de samba e marchinhas carnavalescas, boleros ou tangos, embarcaram no trem do baião: David Nasser, Hervé Cordovil, Klecius Caldas e Armando Cavalcanti foram alguns deles. O autor romântico russo Tchaikovski entrou para o mundo do baião, em 1958, com a sua Suite quebra-nozes, peça adaptada pelo maestro Panicalli para o ritmo.

Influência

Um exemplo recente dá uma ideia da força da obra de Lua na música popular brasileira (e até erudita). Recanto, o recente disco da cantora baiana Gal Costa, considerado o mais experimentalista já feito por ela, termina com um baião escrito por Caetano Veloso.

Não por acaso, foi com um baião que Caetano começou a ser conhecido como compositor (Boa palavra, com o qual ganhou o prêmio de Melhor Letra, no festival da Record, em 1966).

Reforçando a afirmativa, na virada do século 20, a TV Globo realizou uma enquete para escolha da música do século. Ganhou Águas de março, de Tom Jobim, um baião. Da redação com informações do Jornal do Commércio e Diário do Nordeste. Foto do Jornal do Commércio.

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