Aliás, até na enquete que disponibilizamos para o leitor votar, deu Barcelona. Em campo, a posse de bola da equipe espanhola representou algo em torno de 76%, contra 24% da equipe brasileira.
Na nossa enquete, disponibilizada desde a última quinta-feira e desativada logo após o final da partida, 60% votaram que o Barcelona seria campeão, enquanto que 40% apostaram pelo Santos.
Convenhamos, em se tratando de uma decisão que envolvia uma equipe brasileira, a aposta nos espanhóis foi, antes de ser ousada, lastreada em uma lógica.
Fragilidade
De todas as equipes brasileiras que disputaram o Mundial de Clubes até hoje, esta certamente foi a participação mais desastrosa. Sem querer tirar o mérito do Barcelona, que certamente derrotaria qualquer outro adversário, mas a postura do Santos foi muito covarde.
Nosso representante não poderia partir pra cima e enfrentar os espanhóis de igual para igual. Mas, com Neymar e Ganso em campo, se Murici Ramalho tivesse optado por um esquema de melhor marcação, com mais velocidade, certamente o resultado teria sido outro.
Talvez até a goleada fosse maior, mas, pelo menos, o mundo viria como é o futebol brasileiro – solto e alegre, quando quer – e o Santos mostraria o seu verdadeiro futebol.
Enfim, Murici mentiu. Disse que iria atacar, porque não adiantava ficar atrás e perder do mesmo jeito. Mas, no jogo, além de não atacar, perdeu do pior jeito: humilhado.
Por Evandro Matos
