A interferência se deu por ele ter cantado Fricote, um de seus maiores sucessos, no 1º Festival de Jazz e Blues de Arembepe.
“Isso é uma afronta à cultura baiana e a brasileira. É a volta da censura. E um retrocesso”, protestou Maurício Bacelar.
Segundo Maurício Bacelar, esse gênero de música tem 30 anos e essa música em particular é um ícone, por ser precursora do axé music. “Não podemos admitir que as forças do retrocesso se imponham contra a nossa gente e a nossa cultura. É lamentável que coisas como essa ocorram, sobretudo aqui na Bahia, terra onde lutamos contra o preconceito e a discriminação”.
“Ou será que vamos também censurar Dorival Caymmi, Vinícius de Moraes que sempre cantaram a mulher? Ou Mário Lago e Ataulfo Alves, que compuseram Amélia, a mulher de verdade, por discriminação a mulher? Eles, que tão bem retrataram e enalteceram a mulher, agora serão censurados? Isso é um absurdo e beira a prepotência, a arrogância e a perseguição”, protestou Bacelar.
Além disso, lembra Maurício Bacelar, Luiz Caldas é um artista importante, que sempre enalteceu a Bahia e deu novo fôlego ao Carnaval baiano e aos artistas de nossa terra, ao criar a mistura de ritmos que originou o axé music. “Ele introduziu, nos trios eletricos, uma nova sonoridade através de novos instrumentos como o teclado, inaugurando a nova era da cultura musical da Bahia e que tornou o Carnaval baiano nesse sucesso mundial”.
Outro questionamento que o presidente do PTN faz é qual a influência que a deputada estadual Luiza Maia tem sobre a prefeitura de Camaçari a ponto de adotar medidas como a suspensão de pagamento a um prestador de serviço? “Ela manda na prefeitura de Camaçari? É ela quem determina quem deve ou não receber os pagamentos ou ser penalizado? Não seria interferência externa nos comandos da prefeitura de Camaçari?”, ponderou Maurício Bacelar.