Um festival é realizado no município baiano até sábado (8) com manifestações culturais, oficinas, distribuição de mudas e degustação.
O escritor Euclides da Cunha chamou o umbuzeiro de ‘Árvore Sagrada da Caatinga’. Para quem se beneficia do fruto a ideia faz ainda mais sentido. O festival é promovido para celebrar a cadeia produtiva do fruto, que embora seja pequeno no tamanho, é grande na importância para a região.
Produção
A cidade de Manoel Vitorino produz cinco mil toneladas por ano de umbu. A fruta sai das propriedades por R$ 0,50 o quilo. A saca é vendida entre R$ 20 e R$ 30. Com tanta produção, é preciso inovar nas formas de vender a fruta. Além da fruta, existem cerca de 48 produtos catalogados a partir do umbu.
Benedita é produtora em uma cooperativa no norte da Bahia e participa do festival em Manoel Vitorino. Ela orienta os consumidores, curiosos sobre os novos produtos que nunca tinham ouvido falar.
“Temos o suco feito só da fruta, temos o doce de umbu cremoso, lançado no ano passado, e a combota, que é a fruta em calda para quem tem saudade do umbu na entresafra”, apresenta Benedita Varjão, produtora.
Durante o evento, uma mesa foi servida com rocambole, tortas, mousse, sorvete e até empada utilizando umbu. Além das comidas, o umbu também inspira a arte. A cultura do umbu nas paisagens sertanejas é o tema do artista plástico Gildemar Sena.
“Valorizando o trabalho das pessoas humildes, que moram no campo e que estão vendo sua renda sendo aumentada em prol do umbu”, observa Gildemar Sena, artista plástico. Informações do G1 e foto ilustração.