Na ocasião, segundo Janílson, eram 23h30 do dia 02 de Janeiro e teria que esperar até às 04h da madrugada do dia 03, mesmo não havendo nenhum outro paciente para ser atendido. Conforme denunciou Janílson, a enfermeira teria dito que um negro como ele aguentaria sentir dor até o dia seguinte.
Na época, Janílson afirmou que não procurou a justiça porque a confusão foi muito grande e ele recebeu a intimação por telefone. “Estou muito feliz com a minha cor e jamais vou deixar que alguém ofenda a minha raça. Fiquei magoado, me sentindo desprezado e até deprimido, pois nunca havia passado por esse constrangimento”, desabafou.
Segundo Janílson, ele procurou a Prefeitura, mas foi instruído por um advogado municipal a abafar o caso, tendo em vista que tudo não teria passado de um mal-entendido.
Prefeitura investiga caso
Segundo o procurador, João Francisco Narvaes, na época do ocorrido, Janílson foi denunciado pela enfermeira por crime contra o patrimônio público, pois teria quebrado a porta de acesso do hospital, visto que estava insatisfeito com o atendimento recebido.
Na ocasião, o rapaz não prestou queixa à polícia sobre o preconceito sofrido, mas, só hoje, após receber intimação, a denúncia de racismo foi alegada. Para João, a denúncia deveria ter sido feita na mesma noite do ocorrido e não dias depois, justamente após ser intimado.
Além disso, João afirmou que não orientou Janílson a abafar o caso, mas sim o aconselhou a procurar seus direitos junto à delegacia, esclarecendo o fato.
“Sou um profissional de advocacia e não posso impedir ninguém de buscar os seus direitos. Meu dever é aconselhar o cidadão foi o que eu fiz, pois eu prezo que o direto do cidadão tem de ser preservado”, finalizou. Informações e foto do Brumado Notícias.
