Rodovia interliga vários municípios, a exemplo de Nova Soure, Biritinga e Serrinha. Antes, existia camada de asfalto, mas hoje os usuários se deparam com a triste realidade de enormes buracos e terra batida em quase toda a sua extensão.
Somente no trecho entre os municípios de Serrinha e Biritinga, que equivale a uma distância de apenas 16 km, o governo do Estado fez recuperação com pavimentação asfáltica. No entanto, a maior parte da rodovia ainda encontra-se em estado de total calamidade púbica.
“Por conta das enormes crateras, a BA-084 tem se tornado um ambiente propício para assaltos e acidentes”, disse uma moradora que não quis ser identificada.
As reclamações e a insatisfação partem de todos os municípios da região. Segmentos da economia de Nova Soure, por exemplo, estão cobrando do governo do Estado, responsável pela manutenção, a total recuperação da rodovia, já que a região vem tendo sérios prejuízos.
“A estrada em péssimo estado de conservação tem causado prejuízos para a economia local”, observou o presidente da Cooperativa do Mel de Nova Soure, José Raniel da Cruz.
Promessa
Segundo o dirigente, o governador Jaques Wagner garantiu a recuperação total da rodovia desde o seu primeiro mandato. Mas, “até agora nada, deixando o povo de Nova Soure decepcionado”. Raniel lembra que Wagner recebeu cerca de 80% dos votos nas duas eleições para governador no município.
O péssimo estado de conservação da BA-084 tem causado também transtornos para quem precisa usar a rodovia diariamente, a exemplo de ambulâncias transportando pacientes da região para tratamentos em outros centros de saúde, como em Serrinha, Feira de Santana e Salvador, aumentando o percurso em mais de 80 quilômetros.
“Isso é vergonhoso para um povo que já é tão sofrido e carente”, lamenta dona Cosma Maria da Silva, 52 anos, mãe de 14 filhos, moradora na Fazenda Iauí, localizada às margens da rodovia.
“Esperamos que o governador (Wagner) se sensibilize com a nossa situação e cumpra com o que prometeu desde seu primeiro mandato, que era o de asfaltar a pista. Somos pobres, mas também somos gente”, cobrou dona Josefa Francisca de Oliveira, mãe de 11 filhos, residente na Fazenda Baixa da Candeia.
Da redação, com informações de Reginaldo Santos