Souto está sem ocupar um cargo eletivo desde 2007, quando encerrou o ciclo carlista à frente do governo da Bahia. Depois disso, ele se dedicou à presidência regional do Democratas e atividades empresariais entre Salvador e São Paulo. Hoje, mesmo afastado dos holofotes, ele continua sendo uma forte alternativa para puxar votos pela oposição.
Apesar de muitos apostarem que Souto estava prestes a anunciar sua aposentadoria, ele avalia, com bastante carinho, os incentivos recebidos por ex-correligionários e admiradores para que volte à atividade político-partidária.
O caminho mais aconselhável, segundo as mesmas fontes, seria o Congresso Nacional. Como o seu grupo político não tem a mesma força de outrora, o Senado está descartado. Resta a disputa por uma vaga na Câmara Federal, onde deve ter a eleição tranquila e ainda puxar votos para o seu partido.
Mas, antes de chegar 2014, Souto pode concorrer a uma vaga na Câmara de Vereadores de Salvador, em 2012, o que ajudaria muito o Democratas a conquistar mais vagas na Casa.
Projeto é nacional
Em outros estados, o Democratas também segue nesta mesma linha, lançando nomes conhecidos do eleitorado para poder reforçar as suas bancadas nas câmaras municipais.
Assim, velhos caciques do partido podem disputar o pleito de 2012. No Rio de Janeiro, o ex-prefeito César Maia já confirmou que disputará uma vaga ana Câmara Municipal. Em Recife, o partido também quer que o ex-vice-presidente Marco Maciel dispute a eleição.
Aleiança no Nordeste
Os presidentes nacionais do PSDB e do DEM anunciaram nesta quinta-feira alianças em quatro grandes capitais do Nordeste: Aracaju, Fortaleza, Natal e Salvador.
O acerto na capital baiana, onde o DEM pretende lançar um de seus principais nomes, o deputado federal Antonio Carlos Magalhães Neto à prefeitura, era a principal reivindicação do partido para destravar acertos em outros locais, inclusive São Paulo.
Em nota, o deputado Sérgio Guerra, presidente do PSDB, e o senador Agripino Maia, presidente do DEM, afirmaram que a decisão pela aliança não se deu em torno de nomes. Líderes das duas legendas admitem, no entanto, que os tucanos deverão ceder a cabeça de chapa para ACM Neto em Salvador, de modo a facilitar as demais negociações.
Para a sucessão da capital paulista, o DEM tem feito acenos para o PSDB e o PMDB, que promete lançar o deputado Gabriel Chalita. Os dois partidos vislumbram o tempo de TV do DEM, que tem a quarta maior fatia da propaganda eleitoral.
O acerto do PSDB com o DEM também passa pela rejeição dos tucanos a um acordo com o PSD do prefeito Gilberto Kassab, de quem a cúpula democrata é adversária.
Da redação, com informações da Folha da São Paulo
