Polícia

Greve da PM: Clima fica tenso e Exército bloqueia acessos ao CAB

De acordo com o tenente-coronel Cunha, responsável pela comunicação do Exército, o bloqueio foi uma decisão do comando da operação e a justificativa da ação não será informada por enquanto. Os manifestantes avaliam que a medida é para enfraquecer o movimento.

“Nós estamos pedindo para os companheiros não saírem daqui, para não correr o risco de voltar. Mas nós também somos militares, sabemos que isso é para tentar nos enfraquecer. Não vão conseguir”, afirma um dos manifestantes que se manteve dentro do cerco, enquanto pedia para os companheiros não saírem das redondezas do CAB.

O tenente-coronel Cunha informou ainda que, embora haja um reforço no policiamento em volta do CAB, o contigente policial é o mesmo dos dias anteriores, com 1.038 homens.

Negociação

Após quase sete horas de tentativa de negociação entre sindicatos de PMs em greve e representantes do governo da Bahia, terminou sem avanços a reunião realizada na tarde de terça-feira (7), em Salvador. A informação foi confirmada pelo presidente da OAB da Bahia, Saul Quadros, e pela Secretaria de Comunicação do Estado (Secom).

“As negociações foram interrompidas depois de 24h [desde o início na segunda-feira], não chegamos a evoluir. A mesma proposta apresentada agora foi a do início da manhã. Lamentavelmente não chegamos a uma negociação”, disse Quadros.

A anistia a todos os policiais militares envolvidos na greve parcial e anulação dos mandados de prisão dos 12 líderes do movimento é a principal reivindicação dos grevistas para por fim à paralisação.

Marco Prisco, presidente da Aspra e líder dos grevistas, disse em entrevista a emissoras locais de televisão nesta quarta-feira (8) que as negociações sobre o pagamento de gratificações de atividade policial V e IV (GAPs) podem ficar para depois, pois a prioridade é a anistia dos PMs.

“Tem uma pauta que tem que ser discutida primeiro, que é a questão da revogação das prisões. Sem a discussão dessa pauta, não há outra discussão. A pauta não é só a questão da GAP”, disse. Informações do G1 e Correio. 

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