Polícia

Greve da PM: Acaba movimento de policiais militares e bombeiros da Bahia

A decisão foi tomada durante assembleia realizada nesta sexta-feira (10). Além da revogação dos processos administrativos de PMs que participaram da greve e da anulação das prisões dos líderes da greve, o Governo aceitou o pagamento imediato da GAP IV (Gratificação de Atividade de Policial) e o pagamento da GAP V para março de 2013. 

Com o acordo firmado, os policiais encerram a campanha salarial referente ao ano de 2012. Os policiais também terão reajuste de 6,5% retroativos à janeiro deste ano. Segundo os órgãos do governo estadual, nos últimos anos, a categoria teve ganho real – isto é, descontando a inflação- de mais de 30%.

Em contrapartida, os militares abriram mão da revogação do decreto de prisão dos policiais e bombeiros envolvidos nas ações grevista. De acordo com a categoria, a via judicial será o caminho direto para tentar negociar a liberação dos PM’s presos. Além disso, os policias militares garantiram que farão o policiamento ostensivo durante os dias de Carnaval.

Na manhã da última quinta-feira (09), policiais ligados a ASPRA (Associação de Policiais e Bombeiros do Estado da Bahia) desocupou o prédio da Assembleia da Assembleia Legislativa do Estado (ALBA), no Centro Administrativo (CAB).


Desocupação da Assembleia: o começo do fim

Desde que os grevistas entraram no prédio logo após a assembleia do dia 31 de janeiro, o local se transformou no palco principal dos impasses e também dos conflitos. De acordo com a Secretária de Comunicação do Estado, cerca de 240 pessoas, entre membros da corporação e familiares, ocupavam o local e transformaram o Centro Administrativo em uma área militarizada.

No começo da semana, mais de 1.400 militares do Exército, 200 PM’s de companhias especiais, 50 homens da Força Nacional de Segurança e agentes da Polícia Federal fizeram um cordão de isolamento em toda a área e controlaram o fluxo de pessoas até o último de ocupação.

Durante o período, houve momentos diversos de tensão entre os manifestantes, os apoiadores e as Força Armadas, que tinham como ordem a reintegração de posse do prédio.  Bombas de gás de efeito moral, cassetetes e spray de pimenta foram usados para manter a ordem.

Com a divulgação de conversas em que o líder do movimento, Marco Prisco, foi flagrado conversando com um colega grevista e tratando de ações de intimidação como queima de viaturas e fechamento de rodovias, na noite de quarta-feira (08), o clima de tensão aumentou na Assembleia. Na madrugada, o advogado de Prisco informou que negociava a rendição e a saída do grupo, sem Prisco que foi detido dentro do prédio, se deu de forma tranquila.

Mesmo com a visível perda de força do movimento, o grupo ligado a ASPRA decidiu manter a greve esperando também a adesão de outras associações, o que não ocorreu. Em diversas cidades do interior, a rotina de trabalho foi voltando ao normal. Na última conversa com o governo, os grevistas aceitaram a contra-proposta e encerram a paralisação. Informações do Correio.

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