Brasil

Greve da PM: Policia de mais 10 estados brasileiros podem aderir à paralisação

A cargo dos Ministérios da Defesa e da Justiça, os planos incluem efetivos das Forças Armadas, Polícia Federal e Força Nacional de Segurança Pública, que tem uma reserva 10 mil policiais de elite recrutados nos Estados para pronto emprego.

“Se necessário, temos condições de mandar tropas não só ao Rio, mas para qualquer Estado que necessite de reforço”, informou o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.

Cerca de 4 mil homens estão na Bahia, primeiro local atingido pela onda de greves planejada por policiais de vários Estados para forçar o Congresso a aprovar a PEC 300, proposta de emenda constitucional que cria o piso nacional da categoria.

Anistia

Além de endurecer na negociação salarial, o governo pediu a prisão dos cabeças do movimento e fechou questão em não conceder anistia aos que cometeram excessos.

“A posição do governo é clara: somos contrários à qualquer forma de anistia, não é possível que pessoas que tenham praticado crimes, situações de vandalismo, sejam simplesmente ignoradas”, observou Cardozo. A seu ver, no Rio, “é visível o enfraquecimento do movimento e também o amadurecimento dos policiais, que optaram por ações não violentas”.

Outros estados

Os serviços de inteligência do governo, que incluem a Abin e a PF, monitoram há meses a movimentação dos policiais em todos os Estados e detectaram que, além da Bahia e Rio, havia mobilização forte em outros dez.

Em seis, o quadro é mais preocupante: Espírito Santo, Pará, Paraná, Rio Grande do Sul, Alagoas e Goiás. Nos outros quatro, o risco de motim é menor, mas não totalmente descartado: Mato Grosso, Roraima, Tocantins e Distrito Federal.

Em todos esses Estados, haverá assembleias de associações de cabos e praças, ou reuniões de articulação ao longo da próxima semana, nos dias que antecedem o carnaval. A maior parte das deliberações será tomada no dia 15.

Mas os governos estaduais, que têm a responsabilidade federativa pela segurança pública de seu território, precisam pedir formalmente a ajuda federal, como prevê a Constituição. O Planalto os está orientando a se anteciparem aos fatos e abrirem negociação com entidades representativas das polícias. Informações do Estadão.

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