Nos últimos meses, Ricardo Teixeira tem procurado se afastar da linha de frente. Na CBF, por exemplo, nomeou o ex-presidente do Corinthians. Andrés Sanchez, como diretor de seleções, e deu a ele, como missão principal, comandar o processo que levará a equipe à Copa de 2014 com a quase obrigação de ser campeã.
Se Ricardo Teixeira renunciar à CBF, seu substituto será José Maria Marin, o vice-presidente com idade mais avançada.
Denúncias
Um documento revela que uma de Ricardo Teixeira é o elo entre o dirigente e a Ailanto Marketing. Essa empresa é investigada por superfaturar o amistoso da seleção brasileira contra Portugal em 2008.
A informação foi publicada nesta quarta-feira (15) no jornal Folha de São Paulo. Segundo o documento obtido pela reportagem, por 26 meses, a Ailanto foi dona de uma outra empresa (a VSV Agropecuária Empreendimentos Ltda) que tinha como endereço uma fazenda de Ricardo Teixeira, na estrada Hugo Portugal, 13.330, em Piraí, a 80 km do Rio de Janeiro.
Teixeira sempre negou relacionamento com a Ailanto, que recebeu R$ 9 milhões do governo do Distrito Federal para organizar o jogo contra Portugal. O presidente da CBF alegava que o amistoso era responsabilidade da Ailanto. Por isso, dizia que não poderia responder sobre as suspeitas.
Outro lado
Agora, por meio de sua assessoria de imprensa, Ricardo Teixeira informou que a ligação da VSV Agropecuária Empreendimentos Ltda com a sua fazenda “é legal”. De acordo com o dirigente, a relação dele com a empresa, que tem a Ailanto como sócia, foi declarada em seu Imposto de Renda.
Uma das sócias da Ailanto Marketing Ltda e da VSV, Vanessa Precht não foi localizada. O advogado Demian Guedes, que representa Vanessa, disse, por meio de sua secretária, que não estava autorizado a fazer comentários sobre a empresa.
A Folha ligou para três telefones da empresária e não conseguiu contato. Foi deixado recado para Vanessa na sua casa, mas ela não respondeu. Nos telefones registrados em nome da Ailanto, ninguém foi localizado. Informações da Folha e Estadão.