A unidade de saúde continuará sendo administrada pela Santa Casa de Misericórdia. Para a oposição, o prefeito Renato Souza deveria ter aproveitado a ocasião para pedir desculpas à população por ter permitido o fechamento do hospital.
“O prefeito sabia com antecedência dos graves problemas encontrados pela auditoria e, mesmo assim, permitiu o fechamento, penalizando milhares de cidadãos e sobrecarregando o Hospital Regional, a outra grande unidade de saúde que funciona em Coité. Por isso, ele deveria humildemente ter se desculpado com a comunidade pelo grave equivoco e que provocou muito sofrimento”, disse o presidente do PMDB, Alex da Piatã.
Ele afirmou que, “ao contrário do que cinicamente diz o prefeito, que tenta se fazer de vítima”, a oposição torce para que a saúde em Coité melhore com a reinauguração.
“Hoje, a realidade da saúde pública em Coité é triste. Temos uma Secretaria de Saúde que mais parece uma Secretaria dos Transportes, pois a única função da pasta é agendar viagens de pacientes para a capital. E não estamos falando de problemas complexos de saúde. Temos casos de pessoas que vão a Salvador até para fazer procedimentos simples e de rotina, como mamografia, transvaginal e até preventivo”.
Alex da Piatã lembrou que a prefeitura recebe todo mês dinheiro do governo federal para a saúde. “Mesmo assim, não há uma ação ou política pública que tenha como meta melhorar o atendimento à população. Afinal, por que Coité não tem, por exemplo, uma UTI?”, questionou.
Por fim, Alex concluiu: “Parece que a prioridade da prefeitura é adotar a velha política clientelista, obrigando as pessoas a recorrerem ao vereador ou ao prefeito para se sentir na obrigação de garantir o voto nas próximas eleições. É um ciclo vicioso e que precisa acabar em nosso município. A saúde tem de ser universal, para todos”.