Política & Economia

Mucuri: TJ/BA decide manter presos os 6 vereadores da “Operação Caribe”

A operação foi deflagrada pelo Ministério Público na manhã do dia 22 de dezembro de 2011, que apura crimes de corrupção ativa e passiva em transações com indícios de irregularidades envolvendo vereadores e empresários do ramo imobiliário de Mucuri e Nova Viçosa.

A alegação do Ministério Público era no sentido de que a decisão de prisão dos 6 vereadores, Carlos Gonçalves de Souza, o “Tazinho” (PSDB), Gisele Aparecida Seguro Gazzinelli (PTB), Roberto Correia Bastos, “Nicó” (PSC), Márcio de Jesus Machado, o “Marcinho da Divisa” (PDT), Roberto Alves dos Santos, o “Professor Roberto” (PSC), e Wilson Pereira Cabral, o “Wilson da Pinheiro Móveis” (PR), exarada pela justiça de Mucuri, já havia sido mantida pelos presidentes do STJ – Superior Tribunal de Justiça e STF – Supremo Tribunal Federal, em Brasília.

Portanto, não poderia ter sido reformada pelo Tribunal de Justiça da Bahia, conforme decidiu o desembargador relator Luiz Fernando Lima, 42 dias após a prisão dos parlamentares, no último dia 2 de fevereiro, quando mandou soltar os 6 vereadores que também estão suspensos dos seus mandatos.

E na quinta-feira (15), o pleno do Tribunal de Justiça da Bahia, acatou a alegação do recurso do Ministério Público Estadual, tornando sem efeito a decisão do desembargador que mandou solta os edis, dando a decisão, que os 6 vereadores da bancada de Mucuri, “Tazinho”, “Gisele”, “Nicó”, “Marcinho da Divisa”, “Professor Roberto” e “Wilson da Pinheiros Móveis”, devem permanecer presos, à disposição da vara criminal, até deliberação posterior.

Uma operação policial foi deflagrada no início da noite desta sexta-feira (16), objetivando prender novamente os edis, mas nenhum dos 6 parlamentares foi encontrado em casa. Todavia, a decisão do Tribunal de Justiça da Bahia, não atinge o ex-vereador Agripino e nem a vereadora afastada “Tina”, nem também o vereador por Nova Viçosa “Som”, e os empresários Alan Gomes e Arley da Traterra.

“Operação Caribe”

A “Operação Caribe” foi desencadeada na madrugada de 22 de dezembro de 2011, nos municípios de Mucuri e Nova Viçosa, para cumprir 12 mandados de busca e apreensão nas casas e nos gabinetes dos vereadores, além das casas e escritórios dos três proprietários do Loteamento Caribe, incluindo vereador já citado do município de Nova Viçosa, além de 7 mandados de prisão preventiva, incluindo 6 vereadores de Mucuri, inclusive o próprio presidente da Câmara, vereador Carlos Gonçalves de Souza, o “Tazinho”, do PSDB.

E quatro dias depois, outros cinco mandados de prisão preventiva foram decretados pelo juiz Leonardo Santos Vieira Coelho. 

A operação promovida pelo Ministério Público do Estado da Bahia visou desbaratar um suposto esquema de corrupção existente na Câmara Municipal de Mucuri, referente a pagamento por empresário do ramo imobiliário de vultosas quantias e na doação de bens imóveis estabelecidos no Loteamento Caribe no distrito de Itabatã, a pelo menos oito dos nove vereadores de Mucuri, os quais, como contraprestação, teriam comprometido a aprovar e apressar a votação do Projeto de Lei de interesse do setor imobiliário, independentemente de qualquer consideração acerca do interesse público relacionado à questão, como informou a promotora de justiça titular de Mucuri, Milena Moreschi.

A promotora está atuando na operação em conjunto com o promotor de justiça Pablo Antônio Cordeiro de Almeida e de outros três promotores da GAECO – Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e de Investigações Criminais da Procuradoria Geral de Justiça da Bahia. Informações e foto do Teixeira News.

Leia também: Mucuri: Seis vereadores suspeitos de corrupção são liberados pela justiça

Mucuri: Suplentes são empossados após prisão de sete vereadores da cidade

 

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo