Esporte

Riachão: Refletor não acende e tira o brilho da decisão da Copa dos Bairros

O jogo estava marcado para o último sábado (21), com horário previsto para às 15h30, sob precaução de igualdade no placar e forçar as cobranças de pênaltis. Cerca de 6 mil pessoas superlotaram as dependências do Eliel Martins, proporcionando um belíssimo espetáculo.

A bola rolou depois das 16h, e logo aos dois minutos os torcedores vibraram com o gol da Bela Vista, assinalado pelo meia Adilon.Mesmo. Com atletas experientes, o time do Alto do Cruzeiro sentiu a força do adversário, que foi superior e criou as melhores oportunidades para golear. 

Foram pelo menos três chances reais: a primeira delas, Rato sozinho escora de cabeça para fora, o cruzamento de Fuí; minutos depois, o próprio Fuí perde grande chance e Bitinho também perdeu outro gol escancarado. Aos 40 minutos, Bakura descobre belo lançamento em profundidade para Pim, que se livra da marcação do zagueiro Vicente, e com leve toque tira do goleiro Natalino para empatar 1ª1.

Na segunda etapa, o time do Alto do Cruzeiro voltou mais ofensivo e conseguiu virar a partida para 2 a 1, através de Malhadinha. Os dois treinadores modificaram suas equipes, cada um buscando satisfazer as pretensões nos minutos finais de jogo.

Mas o técnico Nôn do Alto do Cruzeiro mexeu melhor. Ele tirou o meia Lelê e colocou em seu lugar o volante de contenção Jarbinha; ainda aproveitou o melhor condicionamento físico de Romário, no lugar de Joãozinho.

O técnico Cal de Dinha da Bela Vista, por sua vez, não tinha jogadores no banco de reservas com as mesmas qualidade que teve o Alto do Cruzeiro e, por isso, caiu de produção nos minutos finais. Aos 45, Romário, que entrou muito bem em lugar de Joãozinho, acabou sendo expulso pelo árbitro Antônio Ramon Miranda, que acrescentou mais cinco minutos.

Refletor não acende

A decisão do árbitro criou inúmeras conseqüências, inclusive na marcação do gol de empate da Bela Vista, por intermédio de Fuí, aos 50 minutos. O problema é que o Estádio Eliel Martins não tem refletores em condição de uso para suportar as cobranças de penalidades.

Insatisfeita com o segundo gol e o tempo acrescido pelo árbitro, a equipe do Alto do Cruzeiro resolveu vingar-se em retardar a disputa. Já era muito tarde, por volta das 17h50, quando começaram as cobranças.

Malhadinha desperdiça a primeira para o Alto do Cruzeiro e Donizete também perdeu a segunda cobrança para a Bela Vista; os demais cobradores converteram e novamente igualdade em 4 a 4.

O árbitro deu o jogo por encerrado, alegando não haver condição para prossegui-lo. As duas torcidas saíram revoltadas porque queriam ver o seu time campeão.

A comissão organizadora resolveu dividir o prêmio com as duas agremiações, cabendo R$ 4 mil para cada. A competição teve o apoio total do programa Amigos Para Sempre, na Rádio Jacuípe, com Zé Filho, que ainda conseguiu trazer um trio para tocar depois do jogo.

Sem manutenção

Um detalhe importante que não poderia deixar passar despercebido. A construção do Estádio Eliel Martins aconteceu no inicio da década de 1990, no primeiro mandato do ex-prefeito Valfredo Matos, e com plenas condições para sediar jogos, inclusive durante à noite.

Ocorre que se passaram muitos anos e não foi feito absolutamente nada para preservar o nosso patrimônio público. Alias, o mato grande também toma campo das laterais do campo.

Por Noroel Fernandez

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo