Em repetição ao que haviam feito nas semifinais do torneio, as duas equipes se cercaram de cuidados e, com o propósito de esconder um do outro as suas armas, voltaram a treinar com portões fechados e esconderam as formações das suas equipes para o primeiro certame.
Pelo título do Baianão, tamanha cautela é mesmo recomendável. É que, nas últimas quatro edições do torneio, os vencedores não puderam soltar o grito de campeão antecipadamente: nos jogo decisivo, a diferença entre o campeão e o vice foi de apenas um gol e a emoção desta indefinição durou sempre até os últimos minutos.
Para superar um jejum de 10 anos sem o título estadual, o tricolor, líder na fase de classificação com nove pontos à frente do rubro-negro e dono do melhor ataque do Brasil, chega à decisão com as vantagens de jogar por dois resultados simétricos para ficar com o caneco e de disputar a última partida em seu mando de campo, em Pituaçu, no domingo, 13 de maio.
Vitória
Para o clássico decisivo, o treinador Ricardo Silva, que promoveu um treino secreto na última sexta-feira, admite que a sua equipe poderá ter algumas modificações em relação à formação do jogo anterior. “O time não está definido, não. A escalação oficial só vai sair pouco antes do jogo”, avisou em entrevista coletiva.
Com um retrospecto de quatro vitórias, dois empates e uma derrota na atual passagem como interino, Ricardo tem como maior trunfo ter lançado mão do meia-atacante Tartá, que se destacou como titular na partida da última quarta-feira, contra o Botafogo.
No Ba-Vi, uma vez que o atacante Marquinhos foi vetado e que Rildo está suspenso, o jogador deverá vestir novamente a camisa 11 rubro-negra e formar a linha de frente com o artilheiro do Brasil, Neto Baiano.
Ainda sem poder contar com o lateral Nino Paraíba, que se recupera de uma cirurgia, Ricardo Silva ganhou dois reforços importantes: o lateral Romário e o zagueiro Gabriel Paulista, ambos recuperados de contusões e relacionados para o confronto. Enquanto Romário deverá ficar com a vaga ocupada ultimamente por Léo, Gabriel deve retomar a titularidade até então assumida por Rodrigo.
Bahia
O discurso no Fazendão é um só: apesar de jogar por dois resultados iguais para ser campeão, o tricolor quer ampliar ainda mais a vantagem e sair do Barradão com um triunfo. “Nós não vamos entrar com o regulamento debaixo do braço. Nosso objetivo é jogar como se fosse uma final só”, projeta o técnico Falcão.
Seguindo uma tendência que marcou as rodadas decisivas do Baianão, o treinador tricolor impediu o acesso da imprensa no treino da última sexta-feira, 4, e não deu nem pistas sobre qual será a formação inicial da sua equipe.
O que é sabido, no entanto, é que ele não poderá contar com o atacante Lulinha, suspenso, e nem com os lesionados Coelho, Ávine, William Matheus e Jéferson. O treinador deverá manter no time o goleiro Marcelo Lomba, os zagueiros Titi e Donato, os volantes Fahel e Diones, os meias Gabriel e Morais e o atacante Souza.
Sem Lulinha, o maior mistério está na vaga para o ataque, onde o comandante tricolor tem as opções de Júnior, Ciro e Zé Roberto. Na lateral-direita, Falcão admite que o jovem Madson poderá recuperar a sua titularidade, mas também elogia o volante Fabinho.
Vitória X Bahia – jogo de ida da final do Campeonato Baiano 2012.
Local: Estádio Manoel Barradas, em Salvador (BA).
Data: Domingo, 6 de maio.
Horário: 16h.
Árbitro: Marcelo de Lima Henrique (RJ).
Assistentes: Altemir Hausmann (RS) e Roberto Braatz (PR).
Vitória: Renan; Romário, Gabriel Paulista, Victor Ramos e Wellington Saci; Uelliton, Michel, Pedro Ken e Geovanni; Tartá e Neto Baiano. Técnico: Ricardo Silva.
Bahia: Marcelo Lomba; Madson (Fabinho), Titi, Rafael Donato e Gerley; Fahel, Diones, Gabriel e Morais; Zé Roberto (Ciro ou Júnior) e Souza. Técnico: Paulo Roberto Falcão.
Fonte: A Tarde
