Gil de Benzinho, que teve uma consagrada carreira no futebol, e ainda é considerado por muitos como o maior jogador da história de Riachão, reside atualmente em Petrolina (PE) e há um bom tempo não aparecia na cidade, pelo menos em atos públicos.
Só que desta vez ele não reapareceu em um momento de alegria. Cercado por vários amigos e ex-jogadores de futebol da sua geração, Gil veio para o sepultamento do seu irmão Betuca, que morreu no dia anterior depois de passar uma semana no Hospital Geral do Estado (HGE), após sofrer graves queimaduras no corpo, em um ato covarde do seu próprio ex-cunhado.
João Biriba, Rochetão, Antônio Lopes, Rui de Bino, Mundinho de Augusto e outros estavam ao lado do amigo, que, apesar do momento triste, não perdeu o bom humor.
Além dos ex-jogadores de sua geração, Gil também recebeu solidariedade de outros parentes e amigos, que o cercaram em frente à capela do cemitério. “Deixa eu abraçar o meu primo”, disse uma mulher se aproximando e abraçando o famoso filho de Benzinho.
Um pouco da história
Gil de Benzinho, nome que o projetou para o futebol a partir do apelido do pai Manoel Inácio da Silva, por muitos anos maestro da Filarmônica Lyra 8 de Setembro, fez história nos gramados.
Em Riachão, ele jogou no Bahia Jovem e no Palmeiras, mas depois foi morar em Juazeiro, onde havia um futebol amador de alta qualidade. Além da carreira no Exército, Gil se consagrou no futebol juazeirense, e depois foi profissional em alguns clubes, inclusive Fluminense de Feira.
Hoje ele reside em Petrolina (PE) e trabalha em uma empresa da cidade. Curioso com a história do pai, Gil pediu ao repórter documento sobre o mesmo. “Soube que você tem algumas coisas com o meu pai e queria que passasse uma cópia para mim. Vou lhe telefonar para a gente acertar tudo”, pediu.
Simples e alegre como Betuca, Gil continuou recebendo abraços e solidariedade dos amigos.
Por Evandro Matos