História

Dércio Marques morreu no Ana Nery; Veja detalhes do show dele em Riachão

Segundo informações, Dércio Marques estava internado há dias no Hospital Ana Nery, em Salvador. Nos últimos dias ele passou por uma delicada cirurgia em que foi obrigado a extrair o baço e o pâncrea devido e um tumor, mas não conseguir vencer a batalha.

Aos 64 anos, ele morreu na madrugada desta quarta-feira (27), vítima de uma infecção generalizada pós-cirurgia. O seu corpo foi cremado, a pedido.

Segundo o cineasta Antõnio Olavo, o violeiro estava no Hospital Ana Nery quase sem contato com os familiares, que residem em Minas Gerais. “Quem estava cuidando dele era Fábio Paes (cantor) e Sossó”, informou Olavo.

Em Riachão

 

Defensor do meio ambiente e da cultura popular, o violeiro foi um dos ícones da música de raiz brasileira. Na déda de 1990, Dércio Marques esteve duas vezes em Riachão do Jacuipe para participar da Semana Cultural, organizada pelo Projeto Cultural Riachão.

A primeira, em 1993, ele cantou ao lado de mestre Elomar, que esteve na festa de encerramento da II Semana Cultural de Riachão. Junto com o mestre e o João Omar (filho de Elomar), ele teve uma participação brilhante, cantando músicas do cancioneiro nordestino.

“Ele apareceu na cidade e disse para mim que queria cantar durante a Semana Cultural, junto com Elomar. Deixou tudo acertado e foi até Gavião, onde faria uma pesquisa para o seu trabalho musical. Além de cantar de graça, ele ainda deixou cópias dos seus trabalhos como lembrança, que guardo com muito cuidado”, lembrou Evandro Matos, um dos coordenadores do Projeto Cultural.

Das vezes em que esteve na cidade, o violeiro/cantador não cobrou pelas apresentações. Vinha, segundo ele próprio, “atraído pelo projeto bonito e pela presença de gente como Elomar e Xangai, e o valor que vocês dão à cultura popular”.

Artista de qualidade

Amigo e parceiro de artistas como Elomar e Xangai, Dércio era um profundo conhecedor das raízes musicais brasileiras e ibero-americanas, com produções em parceria com diversos músicos. O cantor teve em sua irmã, Doroty Marques, uma grande companheira de atuação e produção.

Com o álbum Monjolear, gravado em Uberlândia com coro de 240 crianças, Dércio e Doroty foram indicados a melhor álbum de música infantil no prêmio Sharp, em 1996.

O primeiro trabalho de Dércio Marques veio com Terra, vento, caminho, LP lançado em 1977 pelo selo Marcus Pereira. Desde então foram 14 álbuns lançados, sendo o último o CD Canto Forte, de 2003.

Da redação

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